Negociações coletivas organizadas pelo SEESP abrangem cerca de 105 mil profissionais, distribuídos num universo de 30 empresas ou segmentos produtivos. Mobilização em 2023 buscará reajuste, ganhos reais e respeito ao piso da categoria, além de condições adequadas de trabalho e previsão de plano de carreira.
Os engenheiros que atuam no Estado de São Paulo nas mais diversas empresas e segmentos econômicos, nos setores público e privado, já dão início à Campanha Salarial 2023 sob a liderança do SEESP. Com datas-bases para a negociação coletiva que vão de março a novembro, o processo deve se estender até o final do ano, num esforço de ação sindical permanente.
São aproximadamente 105 mil profissionais distribuídos em cerca de 30 campanhas específicas, numa dinâmica envolvendo a elaboração e a discussão da pauta de reivindicações; seu envio à respectiva empresa ou sindicato patronal; inúmeras rodadas de negociação para se chegar ao melhor entendimento possível e, sobretudo, garantir que se firme um acordo ou convenção coletiva que seja benéfico a ambas as partes, com base no diálogo sério e honesto. Quando infelizmente, não se obtém uma conclusão satisfatória por esse caminho, é necessário lançar mão de instrumentos de pressão, como manifestações públicas ou paralisações, e recorrer à instauração de dissídio junto à Justiça do Trabalho para se resolver o impasse.
Esse esforço envolve toda a estrutura do SEESP, notadamente as áreas de Ação Sindical, Jurídica e Comunicação. Fundamental, obviamente, é o papel dos diretores e delegados sindicais que são os negociadores junto ao patronato, bem como das lideranças que atuam diretamente para organizar cada base de profissionais, mantê-los informados e mobilizados. Por fim, temos os protagonistas maiores desse processo, que são os engenheiros, cuja participação ativa é absolutamente imprescindível para que tenhamos sucesso.
Na Campanha Salarial de 2023, no que diz respeito às questões econômicas, buscaremos reposição das perdas inflacionárias, ganhos reais, participação nos lucros e resultados e respeito ao piso da categoria, que segue vigente conforme a Lei 4.950-A/1966, agora com o reconhecimento final pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de sua constitucionalidade, após julgamento no ano passado. A mesma decisão, contudo, interrompeu o processo de atualização automática pelo salário mínimo, o que torna crucial que os acordos e convenções prevejam o reajuste devido para evitar a desvalorização da base de remuneração dos engenheiros.
Ainda no empenho para garantir reconhecimento da importância desses quadros técnicos nas companhias, é preciso haver discussão e implementação de planos de carreira.
Atender a essa pauta é positivo também às empresas, que obtêm melhores resultados em seus negócios, e à sociedade em geral, que se beneficia do trabalho dos profissionais essenciais ao desenvolvimento e ao bem-estar da população. O Brasil precisa retomar o crescimento econômico de forma sustentável e com avanços tecnológicos e inovação. Os engenheiros têm papel central nesse desafio e devem ter as condições adequadas para dar a sua contribuição.
Vamos, juntos, valorizar a representação sindical, a negociação coletiva e a engenharia na Campanha Salarial 2023.
Eng. Murilo Pinheiro – Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros e do Sindicato paulista.
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