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segunda-feira, 12/05/2025

Candidaturas sindicais – Eusébio Neto

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Candidaturas sindicais | É natural na democracia que setores sociais organizados procurem eleger seus representantes, especialmente nas Assembleias Legislativas e Câmara Federal. Por exemplo: indústria, comércio, agronegócio, igrejas e o sindicalismo também.

Neste ano, constato um número grande de dirigentes que concorrem às Assembleias ou à Câmara. São bancários, metalúrgicos, comerciários, professores, frentistas e outros profissionais.

Quero comentar aqui as candidaturas sindicais, que representam um esforço de ampliar a presença trabalhadora no Poder Legislativo. Trata-se de uma necessidade.

Porém, entre a vontade de conseguir a vaga parlamentar e chegar lá, existe uma grande distância. A primeira distância é econômica, pois o sindicalista terá de enfrentar candidatos ricos, experientes e com muita estrutura.

Portanto, penso que precisamos criar condições pra que a disputa não seja tão desigual. A primeira providência é organizar a campanha, dispor de uma estrutura básica, montar uma equipe ativa e, claro, gastar sola de sapato nas visitas a locais de trabalho, associações, igrejas, Sindicatos e a outros locais onde esteja o eleitor simpático à causa trabalhista.

Sugiro que nossos candidatos, independentemente da categoria a que pertençam, uniformizem as suas plataformas. Por exemplo: definir cinco pontos iguais pra todos, como: Aumento real para o salário mínimo; Atualização das faixas do imposto de renda para reduzir os descontos sobre os salários; Revisão da reforma trabalhista, que prejudica demais os trabalhadores; Defesa da democracia; Geração de empregos.

A ideia é dar um padrão de conteúdo às campanhas sindicais e populares. A ideia é uniformizar os discursos dos candidatos. A ideia é fazer com que as propostas das candidaturas sindicais sejam facilmente compreendidas e apoiadas pelas categorias profissionais e outros setores populares.

Entendo, também, que pra colocar em prática essas ideias será preciso formar um comando, um comitê ou um GT, que centralize ações, coordene atos e ajude as campanhas a crescer junto à base social e ao eleitorado.

Isso tudo potencializa as chances das candidaturas sindicais. Eleger-se é a meta, claro. Mas não menos importante será marcar as campanhas com uma pauta sindical, que depois será encaminhada e debatida pelo conjunto de parlamentares eleitos, durante seus mandatos.

Tem um ensinamento na política segundo o qual o candidato deve sair da campanha mais forte do que entrou. Se ele se eleger, ótimo. Caso não, é importante que consiga marcar seu nome e suas propostas.

Coloco essas propostas à disposição dos candidatos do setor sindical. Se eu puder ajudar de alguma forma em suas campanhas, contem comigo.

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