Medida Provisória que altera regras do Auxílio-Alimentação sofreu várias mudanças pelo relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O relatório gerou forte reação em setores patronais. A Abrasel, por exemplo, publicou matéria paga de página inteira em vários jornais, com forte apelo emocional em defesa dos empregos e dos estabelecimentos que servem refeições. O relator admite debater mudanças eventuais em seu texto.
A Agência Sindical ouviu Paulo Ritz, presidente da Federação dos Trabalhadores em Refeições Coletivas no Estado de São Paulo (Fetercesp).
Trechos principais:
EMPREGO – “As alterações afetam o setor que administra benefícios. Não há grande número de empregados no segmento. E as empresas podem se adaptar às novas condições.”
LUCRO – “As gestoras de Vales e afins cobram taxas de administração sobre o valor de face. Esse custo é passado ao estabelecimento, que, pela lógica, repassa ao consumidor final.”
MUDANÇAS – “Esse mercado vive uma fase de mudanças, com tecnologias, procedimentos e serviços novos. Outros produtos ou cartões podem ser lançados, inclusive sem taxa.”
DINHEIRO – “O pagamento em dinheiro livra o consumidor da taxa de administração. Além disso, o trabalhador se quiser descarregar parte de seu cartão na compra de fraldas terá essa facilidade adicional.”
COMER FORA – “Pessoa que come fora de casa vai continuar fazendo, seja com VR, cartão de benefícios ou pagamento em dinheiro.”
TAXA – “Gestora que negocia Vales em grande quantidade, por exemplo, pode receber de volta parte da taxa cobrada – em torno de 1,5%. Ou seja, ela tem ganho aí também. Pagamento em dinheiro ou via descarga de valor do cartão inviabiliza esse estorno.”
CATEGORIA – “A troca de um sistema por outro, mais amplo, tem apoio de 100% dos trabalhadores.”
MAIS – Site da Fetercesp.