Centrais Sindicais devem se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na próxima semana. Na pauta, a política monetária do Banco Central, que insiste em manter a taxa de juros, Selic, a 13,75%, ao ano pela sétima reunião seguida.
O patamar da taxa, um dos maiores do mundo, é criticado por sindicalistas, economistas, empresariado e até pelo governo Lula. Contudo, após mais uma reunião, encerrada na quarta, 21, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter o índice da taxa Selic.
Desde sexta, os movimentos populares e sindical têm realizado uma Jornada de Lutas pela redução dos Juros para alertar a sociedade como é prejudicada pela politica do Bacen.
Terça, 20, primeiro dia da reunião do Copom, foram realizados protestos em diversas cidades onde o Banco Central tem sede. Em SP, o ato ocorreu na Avenida Paulista, em frente ao prédio do BC.
Para Sergio Nobre, presidente da CUT, a taxa de juros no Brasil é impraticável. “O Brasil não suporta mais essa taxa abusiva de juros imposta por um presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto]”, denuncia o sindicalista.
O dirigente afirma as altas taxas de juros aumentam os preços, encarecem os empréstimos e empurram o consumo para baixo. Ele diz: “Reduzem a capacidade de consumo, enfraquecem o comércio e paralisam a produção, impactando negativamente nos empregos”.
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reforça o coro: “Ao manter nesse patamar absurdo a taxa Selic, o presidente do Bacen presta um desserviço ao nosso País. Não podemos admitir essa postura. E quem pode mudar essa situação é o Senado, que não pode ficar omisso”, ressalta Miguel.
Agenda – A reunião deve acontecer na próxima semana. Todas as Centrais devem participar.