23.2 C
São Paulo
quarta-feira, 18/06/2025

Mãos à obra – por Vargas Netto

Data:

Compartilhe:

Se acreditamos na necessidade de realizar a CONCLAT em abril de 2022 precisamos começar desde já a trabalhar para seu êxito.

Ela não cairá do céu e muito menos acontecerá pelo clamor das bases – será o resultado da ação unitária, empenhada e inteligente das direções sindicais que buscarão repactuar o movimento sindical consigo mesmo e com a sociedade.

O carro do movimento (permitam-me a metáfora desgastada) precisa pegar no tranco que é a CONCLAT, sua plataforma e sua Comissão Executiva da Classe Trabalhadora.

Se as direções sindicais, em especial o corpo dirigente das seis centrais reconhecidas, concordam em dar este passo, sugiro que organizem duas comissões de trabalho que tratariam da própria organização do evento e da proposta de documento final.

Sobre a organização (a começar pela cláusula de paridade entre homens e mulheres) sugiro que o trabalho da comissão encarregada tenha como objetivo a realização de um congresso ou conferência onde se combine o presencial (restrito) e o virtual (ampliado). Sugiro que nem mesmo os cinco mil delegados da primeira CONCLAT e muito menos os 20 mil da CONCLAT do Pacaembu reúnam-se presencialmente.

A representatividade seria o resultado de um criterioso ordenamento baseado nos números atuais aferíveis que, desde as CONCLATs nas cidades grandes (CICLATs), passando pelas ENCLATs estaduais produza uma CONCLAT nacional com não mais de mil delegados presentes.

Sobre a proposta de documento final, que é a plataforma de reivindicações e repactuação, igualmente deve-se constituir uma comissão de trabalho enxuta, porém muito representativa, na qual se aproveitaria, por exemplo, a experiência de dois companheiros que admiro e nos quais confio, Clemente Ganz Lucio e Marcos Perioto, ambos com grande capacidade de produzir um texto sintético e consistente, como o fizeram ao longo dos últimos 20 anos em várias e memoráveis ocasiões.

João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical e membro do Diap.

Clique aqui e leia mais opiniões de Vargas Netto

João Guilherme
João Guilherme
Consultor sindical e membro do Diap. E-mail joguvane@uol.co.br

Conteúdo Relacionado

Um jogo perigoso – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Domingo, nosso Sindicato começou a publicar nas redes sociais um card sobre jogos. O Card alerta: “BET É FRIA - Não jogue seu dinheiro...

Federação partidária fracassa – Antônio Augusto de Queiroz

A federação partidária, instituída como mecanismo compensatório após o fim das coligações nas eleições proporcionais, revela-se uma ferramenta essencialmente pragmática, desprovida de qualquer compromisso...

Reverter fuga de cérebros para desenvolver o País – Murilo Pinheiro

Programa do governo nessa direção vai ao encontro do que propugna o projeto “Cresce Brasil” e precisa não só ser perene, como ir além. Somado...

Trabalho decente reduz desigualdades sociais – Eusébio Pinto Neto

Não existe democracia, igualdade de direitos e liberdade sem justiça social. Este é um dos principais ensinamentos que adquiri na 113ª Conferência da Organização...

Respeito pelas bases – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

As melhores organizações humanas nascem de baixo para cima. Ou seja, nascem da necessidade e da vontade dos que estão na base de um...