Dias 19 e 20, reuniram-se em São Paulo 156 delegados e 56 entidades filiadas à CNTA Afins. Ao final do VIII Congresso Nacional da categoria, foi aprovado um conjunto de deliberações e encaminhamentos, que fortalece a representação classista da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e também amplia a ação política das entidades de classe do segmento.
A Alimentação emprega 1,5 milhão de trabalhadores em todo o País. Só o setor de frigorífico responde por 160 mil vagas. E as perspectivas são de crescimento.
Presidente reeleito, Artur Bueno de Camargo, falou à Agência Sindical. Para o dirigente, “o Congresso reafirmou a unidade das entidades filiadas à Confederação, que se deslocaram por conta própria até São Paulo pra apreciar as contas da CNTA, aprovar a previsão orçamentária e, principalmente, apontar rumos de ação”.
Segundo Artur, a saúde dos trabalhadores é assunto central na pauta das entidades. Ele cita o trabalho em frigoríficos, “onde homens e mulheres se submetem a tarefas extenuantes com temperaturas entre 10 e 12 graus”. O segmento tem que cumprir a NR-36, mas esta é seguidamente atacada pelo patronato, que tenta impor mudanças pra pior.
Dia 8 – O tema reforma sindical foi amplamente debatido. Houve decisão de marcar encontro (online e presencial) com as filiadas à CNTA Afins e as Centrais Sindicais. Artur adianta: “Estamos abertos ao debate. Mas a posição geral das nossas entidades é preservar a estrutura sindical da Constituição. Ou seja, Sindicatos, Federações e Confederações”. Para Artur, as Centrais têm papel mais político e de articulação com o Congresso Nacional e os governos. Evento será dia 8 de agosto.
Política – A baixa representação política do sindicalismo nas Câmaras Municipais e outras instâncias também gerou debates no Congresso. A deliberação foi pela organização de núcleos municipais o estímulo à participação eleitoral dos dirigentes.