O governo tenta trazer a Copa América para o Brasil. O início seria dia 13 de junho.
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Além da seleção nacional, participariam Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela. Times e delegações.
Porém, devido ao avanço da Covid-19 e da baixa vacinação, a notícia da Copa gerou protestos e forte reação nas redes sociais.
Ninguém nega a importância do futebol ou desconhece o poder econômico da Conmebol e CBF.
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Mas seria imprudente realizar jogos em meio à pandemia. O jornalista Juca Kfouri chama o evento de “Cova América”. Em sua coluna na Folha de S.Paulo, terça, ele lembra que, por diversas razões, Argentina, Colômbia e Estados Unidos recusaram o evento.
Na mesma data em que o governo mostrava alegria por sediar a Copa América, o Brasil chegava à marca de 462.966 mortos pela Covid-19. Uma das razões é porque a vacinação está atrasada. Na segunda-feira, apenas 21,5% dos brasileiros haviam recebido a primeira dose da vacina. Com segunda dose, eram só 10,4%.
Semana passada, o IBGE mostrou que o desemprego chega a 14,8%, o maior da série histórica.
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Além disso, o mercado de trabalho está devastado e surge uma nova categoria de trabalhadores: os subutilizados.
Segundo o IBGE, eram 33,2 milhões no primeiro trimestre do ano. E quem são eles? São os desempregados, os subocupados, que trabalham menos de 40 horas semanais, e a força de trabalho potencial – gente que gostaria de trabalhar, mas sequer buscou vagas ou não tinha condições de preenchê-las.
No sábado, 29, milhares de brasileiros protestaram em quase 300 municípios, cobrando vacinação em massa, Auxílio Emergencial de R$ 600,00 e respeito à vida. Há um forte descontentamento popular ante a situação nacional e ao descaso do presidente Bolsonaro.
Sindicalismo – Dia 26, as Centrais foram à Brasília entregar ao Congresso uma pauta urgente, por aumento do Auxílio Emergencial pra R$ 600,00 e ampliar os beneficiados; extensão do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda; e excluir do teto de gastos os itens educação, saúde e segurança.
Ao mesmo tempo, centenas de entidades sindicais fazem campanha de arrecadação de alimentos, a fim de ajudar famílias afetadas pelo desemprego ou a pandemia.
Estamos preocupados com o emprego, a vacina, a fome e a vida. O futebol pode esperar.
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