18.5 C
São Paulo
sexta-feira, 18/10/2024

Contra pandemia, professor Corrêa indica mais Estado e ações coordenadas

Data:

Compartilhe:

O economista Antônio Corrêa de Lacerda falou na live da Agência Sindical, quarta, 8, sobre condução da economia durante a pandemia. Para o professor, doutor e coordenador do curso de Economia da PUC-SP, a extensão da crise está ligada à duração da pandemia. “É a maior crise econômica da história mundial”, afirma.

Mas o professor não joga a toalha. Ele recomenda que o enfrentamento leve em conta as boas experiências e recomenda um Estado presente. Ele diz: “O Banco Central dispõe de instrumentos pra que os bancos monopolistas liberem crédito a quem precisa”. Para o economista, a crise retoma com força a questão da reindustrialização, inclusive pra produzir insumos médicos. “O Brasil tem base industrial e capacidade de escala”, observa.

Quanto à saúde pública e combate ao coronavírus, ele diz: “Primeiro, precisamos ter ministro da Saúde, que entenda do assunto”. Na frente econômica, critica falta de ações descoordenação.

TRECHOS PRINCIPAIS:

Crise – “Depende do que vai acontecer com a pandemia. No Brasil, a crise política se agravou com o novo coronavírus. O governo federal se mostra incapaz de dirigir o processo”.

Economia – “Segundo o próprio FMI, o Brasil terá uma queda de 9,1%. Isso para os trabalhadores é perda, até porque muitas empresas não vão sobreviver”.

Neoliberalismo – “A equipe econômica insiste no Estado mínimo e que o mercado resolve tudo. A grande mídia critica Bolsonaro, mas não sua política econômica. Não há alternativa sem forte ação do Estado”.

R$ 600,00 – “Além do impacto social imenso, existe o econômico. Os R$ 600,00 permitem à pessoa ter o básico. A ação do Estado é imprescindível do ponto de vista sanitário e pra socorrer os desassistidos. O Auxílio precisa chegar às pessoas. Situações extraordinárias merecem soluções extraordinárias. Sem isso, a crise se agrava”.

Crédito – “O sistema financeiro se limita à cobrança de tarifas, capitalização de serviços e financiamento do Estado. Não quer correr o risco de emprestar a micro e pequenas empresas. Se o Banco Central não assumir seu papel regulador, o dinheiro não chega ao tomador final”.

Estado – “Não pode abrir mão de cumprir sua função, que é regularizar, fiscalizar e punir”.

Reindustrialização – “Se tem um País em condições é o Brasil; temos o maior parque industrial da América Latina. Pode-se reverter isso com políticas públicas. Mas é preciso querer”.

Medidas – “É preciso nomear ministro da Saúde da área. Uniformizar ações com prefeitos e governadores. Usar medidas pra minimizar o efeito da recessão. Ou seja: crédito e financiamento, renda a pessoas que não podem exercer atividades, investimento público em saúde, educação, além de pactuar ações entre empresas e trabalhadores pelos empregos”.

Aulas – “As autoridades sanitárias devem, com base em dados e pesquisas, indicar o momento de quando voltar e de que forma”.

Contato – Twitter @antonioclacerda

MAIS – Clique aqui e assista à live na íntegra.

Conteúdo Relacionado

Centrais defendem Supremo Tribunal

Centrais saem em defesa do SupremoO Supremo Tribunal Federal tem sido alvo de seguidos ataques por setores da extrema direita, inclusive da sua ala...

Governo aposta na reindustrialização do País

Setor industrial receberá R$ 300 bilhões de financiamento até 2033.O anúncio foi feito na segunda (22), em evento no Palácio do Planalto, durante a...

Privatização da Sabesp causará desemprego

O avanço da proposta de privatização da Sabesp traz preocupações sobre redução de empregos, queda de qualidade dos serviços e aumento de tarifas. Depois...

Frentistas do RJ conquistam ganhos reais

 Mais uma negociação encerrada com avanços e conquistas para a categoria. Desta vez, no Rio de Janeiro. Quarta (31), o Sinpospetro-RJ fechou com o...

Presidente Lula estará no 1º de Maio em São Paulo

Mais uma vez Lula participará das comemorações do 1º de Maio -  Dia do Trabalhador. O ato unitário é organizado pelas Centrais Sindicais, com...