Quarta (29), houve nova rodada de negociação entre a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), com seus Sindicatos filiados, e representantes do setor patronal do Ensino Superior. Na ocasião, ficou acordada a extensão da Convenção Coletiva de Trabalho até 1º de setembro. A data-base da categoria é 1º de março.
Essa não é a primeira vez que os profissionais garantem a extensão da CCT. Em reuniões anteriores, ficou estabelecido que os direitos dos educadores valeriam até 12 de julho, já que há impasse nas negociações da campanha salarial deste ano.
A negociação do Ensino Superior não avança porque o patronal mantém sua proposta de reajuste de 4% agora e 2% em janeiro de 2023, além de Abono de 30% em outubro. Para o professor Celso Napolitano, presidente da Fepesp, esse reajuste é um insulto. “Eles insistem no reajuste de 6% parcelado, mesmo diante de uma inflação crescente. O patronal decidiu que não quer repor a defasagem nos salários”, afirma. Vale lembrar que, à época da data-base, a inflação foi registrada em 10,57%, considerando o acumulado dos 12 meses anteriores.
Em assembleias conduzidas pelos Sindicatos de todo o Estado, a categoria rejeitou por unanimidade e reafirmou as reivindicações de reposição da defasagem nos salários e revisão das condições de trabalho.
“A comissão patronal foi informada dessa decisão. Mesmo assim, não negociam com seriedade. Terão que enfrentar as consequências”, explica o professor Celso.
Ato – O dirigente destaca que, em julho, durante o mês de férias escolares, os docentes do Ensino Superior entram em férias coletivas, que inclusive é uma conquista sindical, mas as entidades seguirão em negociação e farão a preparação para a mobilização e o ato em agosto.
“Não daremos descanso só porque é período de férias nas escolas”, garante Celso Napolitano. A manifestação dos professores do Ensino Superior ainda não tem data marcada.
MAIS – Acesse o site da Fepesp.