Duas curvas perigosas

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José Pereira dos Santos é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br

Temíamos pelo dia em que o Brasil chegaria a 10 mil mortos pela Covid-19. Esse dia chegou, e ficou lá atrás.
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Agora, já superamos a marca de 80 mil mortos e não há sinais de que a curva da doença incline pra baixo.

Quando se fala em morte, não há como dissociar de sofrimento, angústia e dor. A doença também representa despesas para as famílias, que muitas vezes precisam recorrer aos amigos ou contar com a caridade alheia.

As perdas pessoais, nessa proporção – mais de 80 mil – ganham escala e têm impacto na vida nacional. Esse impacto pode ser sentido na desorganização da vida familiar, na sobrecarga da rede pública de saúde, no esgotamento dos trabalhadores do setor. Mas a conta real ainda vai ser feita.
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E ela será muito pesada à Nação.
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Tudo isso poderia ter sido evitado? Em boa medida, sim. Bastaria o governo ter levado a sério o vírus, acelerado medidas sanitárias, adotado o isolamento social e feito uma forte campanha de conscientização. Lamentavelmente, nossas autoridades falharam. E a falha maior é do governo federal, que insiste em afrontar a ciência, a doença e a dor dos brasileiros.

Não é só a Covid-19 que avança. A curva da economia também dispara, mas rumo ao chão. Desemprego em massa, informalidade, queda na renda, desorganização de setores do mercado, tudo isso é um filme trágico que estamos assistindo. A Folha de S.Paulo de sábado publicou informações do IBGE, mostrando que o desemprego subiu e o mês de junho fechou com menos 1,5 milhão de vagas.

Vivemos época de raras notícias boas. A melhor de todas é o pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 a milhões de brasileiros. Essas parcelas de R$ 600,00 garantem comida na mesa do pobre e salvam a vida de muita gente, inclusive crianças. Ironicamente, o governo algoz da saúde pública fatura politicamente junto aos pobres. Mas a verdade é que Paulo Guedes queria dar R$ 150,00 e Bolsonaro falou em R$ 200,00. Por que chegamos a R$ 600,00? Por que o sindicalismo e os movimentos sociais conseguiram convencer o Congresso Nacional de que o valor precisava ser maior.

Nosso País é gigantesco, nosso povo é trabalhador e criativo. Conseguiremos superar esse drama. Mas precisaremos repensar o Brasil. Tão importante quanto combater o coronavírus é repudiar os governantes omissos – essa classe dirigente nos empurra para o atraso sanitário, educacional e econômico.

Precisamos reverter a curva do atraso, essa sim a mais grave de todas. Com educação, emprego, renda e uma classe dirigente que trabalhe para os interesses da Nação. Fácil não é. Mas está longe de ser impossível.