Nesta quinta (22), reúnem-se em SP representantes de empregados e de empresas para defender o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Participam Federação Fetercesp, o patronal Sinderc, associação empresarial Aberc e Associação Nacional dos Trabalhadores em Refeições Coletivas.
A informação é de Paulo Ritz, que preside a Fetercesp. O segmento tem 240 empresas – maiores são Sodexo, GR e Sapore. No País, calcula o dirigente, o setor de refeições (com o de cestas básicas) emprega perto de 600 mil.
O risco ao PAT consta do relatório à proposta governista de reforma tributária, elaborado pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA), que teria acatado orientação da equipe de Paulo Guedes (Economia) – acabaria o incentivo fiscal ao PAT, pelo qual a empresa pode deduzir do Imposto de Renda o dobro das despesas com alimentação.
Os representantes de empregados e empregadores querem marcar audiência com o deputado relator, a fim de mostrar o erro de sua proposta.
Alerta – Para o diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, o fim do PAT faria voltar o tempo das “marmitas azedas”, quando, sem refeitório, a comida era aquecida no chamado esquentador de marmita.
Criado em 1976, o Programa visa fornecer alimentação aos trabalhadores, em refeitórios das próprias empresas ou via fornecimento de tíquetes, VR ou VA. Para Paulo Ritz, “a boa alimentação servida é um fator de saúde pública e também de produtividade”.