Os trabalhadores das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entraram em greve à meia-noite desta terça (24). Liderados pelo Sindicato dos Ferroviários da Zona Central do Brasil, os funcionários querem negociar reajuste salarial, enquanto a empresa se mostra intransigente.

O secretário-geral do Sindicato, Múcio Alexandre Bracarense, conta que as tentativas de negociação já ocorrem há dois anos. Por outro lado, a CPTM se recusa a atender os anseios da categoria.

A empresa oferece reajuste de 4% em agosto de 2021 e 6% em janeiro de 2022, com o parcelamento do retroativo a partir de fevereiro de 2022. Múcio denuncia: “Existe um reajuste que tem que ser retroativo a março do ano passado a março deste ano. Que isso não seja feito em dez parcelas. Queremos que o governo nos faça uma proposta realmente possível de ser aceita. Pague um retroativo em agosto e outro em setembro”.

A fim de se defender, a CPTM divulgou comunicado dizendo que os trabalhadores ganham um salário médio de R$ 6.500,00. O secretário-geral do Sindicato dos Ferroviários desmente a informação e afirma que, entre 65% a 70% dos funcionários ganham salários em torno de R$ 3.500,00.

Em Nota, o Sindicato afirma: “Não é compreensível que a CPTM esteja inventando uma realidade diferente do que é praticada dentro da empresa e que não tenha condições de repor as perdas de inflação dos últimos dois anos”. A entidade também pede respeito por parte da Companhia e que a mesma informe corretamente os salários dos trabalhadores, deixando de fora os altos salários da diretoria, chefes e cargos comissionados.

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