O governo do Estado de São Paulo e a direção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) encerraram as negociações do Acordo Coletivo 2021/2022 da categoria sem proposta de reajuste salarial pelo segundo ano consecutivo. Essa foi a motivação da greve dos ferroviários da empresa, iniciada à meia noite desta quinta (15).

Além da intransigência patronal, os trabalhadores lutam pelo cumprimento do acordo fechado em 2020. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de SP e dos Engenheiros do Estado de São Paulo, a CPTM também tenta dar calote. O pagamento das parcelas do Programa de Participação de Resultados (PPR) de março e junho não foi feito.

Segundo Eluiz Alves de Matos, presidente dos Ferroviários, a responsabilidade dessa greve é da própria empresa e do governo paulista. “Estamos sem reajuste desde o ano passado. Aguardamos que o governo se sensibilize e minimamente atenda às nossas demandas”, diz o dirigente.

O líder sindical afirma que a categoria perdeu vários companheiros para a Covid-19, uma vez que esse trabalho era essencial e não parou em nenhum momento, e são recompensados com a falta de diálogo e sem aumento salarial.

Greve – Eluiz explica que os funcionários viram a CPTM dar calote no pagamento do PPR e, em 29 de junho, encerraram as negociações da Campanha Salarial, propondo reajuste zero. A data-base da categoria é 1º março. “Infelizmente, os trabalhadores chegaram ao limite e o único recurso que temos que é constitucional é o direito de greve”, explica.

Os ferroviários e engenheiros da CPTM pedem reajuste salarial de 6,22%. A greve iniciada nesta quinta (15) não tem data determinada para acabar. Funcionários da empresa estão reunidos em assembleias organizadas pelos Sindicatos para definir os próximos passos.

MAIS – Acesse o site dos Ferroviários de SP.