Em meio a crises interna e global, gestão 2022-2025 à frente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) tem início nesta quarta-feira (16/3) com esforços voltados à defesa dos profissionais e do desenvolvimento do País.
Eleita durante a realização do XI congresso da entidade, em setembro último, a gestão 2022-2025 da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) tem início nesta quarta-feira (16/3). Estar à frente dessa diretoria, que reúne lideranças de primeira linha, é obviamente uma grande honra e uma enorme responsabilidade. Isso se dá também por este novo mandato estrear num momento de enorme desafio, não só para a nossa profissão, o sindicalismo e o País, mas para o mundo todo.
Após dois anos de pandemia de Covid-19 e quando temos a expectativa de superar ao menos os maiores obstáculos referentes à crise sanitária, nos vemos em meio a uma guerra na Europa, envolvendo potências nucleares. Somam-se ao horror do conflito e ao flagelo humano inerente a ele, riscos reais e já perceptíveis de piora da economia e das condições de vida da população em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.
Apesar desse cenário, que é certamente assustador, é preciso escapar à paralisia, arregaçar as mangas e atuar efetivamente dentro das nossas possibilidades em defesa da engenharia, dos seus profissionais e pelo desenvolvimento nacional, ainda que as dificuldades se multipliquem.
A equipe escolhida pelos delegados das cinco regiões do País para representar os engenheiros tem como ponto de partida e alicerce para essa atuação o programa de trabalho chancelado pela categoria para o próximo triênio. Esse engloba a contribuição ao debate pela retomada da expansão econômica a partir do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, o fortalecimento da luta sindical e a assistência aos profissionais que enfrentam inúmeras dificuldades com um mercado de trabalho desfavorável já há alguns anos.
Nessa pauta, merece destaque a batalha que segue permanente em defesa do salário mínimo profissional definido pela Lei 4.950-A/1966. Frequentemente alvo de ataques, no Legislativo e no Judiciário, essa norma é fundamental para assegurar remuneração adequada a uma categoria altamente qualificada e cujo desempenho é crucial à geração de riqueza, à inovação e ao ganho de produtividade e competitividade. Quando se trata do setor público, os profissionais da área tecnológica são agentes essenciais do desenvolvimento local, do planejamento, da segurança e do bem-estar da população. Portanto, precisam ser devidamente valorizados com salários e planos de carreira que também tenham como referência o piso definido na legislação. E aqui entra outra bandeira de luta da FNE, que é a instituição da carreira pública de Estado para a categoria, proposição que se encontra à espera de votação no Senado Federal.
Conscientes das dificuldades, mas apostando no trabalho duro e na disposição para o bom combate para vencer as justas batalhas que virão pela frente, renovamos nosso compromisso com os engenheiros. Seguimos juntos na luta em defesa da nossa categoria e por um Brasil melhor.
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