Em Nota, a Central qualifica de absurda a ideia, em círculos governistas, de reduzir o benefício para desempregados. A lei do seguro-desemprego existe desde 1990. O benefício, após anos e anos de luta do sindicalismo, passou a integrar o texto da Constituição Federal de 1988.
Diz a Nota:
“Reduzir o seguro-desemprego é absurdo!
Fomos surpreendidos com as notícias de que ministérios do governo federal, em especial o da Fazenda, defendem mudanças no seguro-desemprego. Será que o presidente Lula aprova essa medida prejudicial aos trabalhadores?
Pra começo de conversa, os representantes dos trabalhadores não foram chamados a opinar sobre isso.
Não se mexe em um direito que representa uma segurança financeira pra quem está desempregado no mercado formal ou está afastado temporariamente pra fazer cursos de qualificação ou, ainda, é pescador no período do chamado defeso.
Diminuir esse direito é uma crueldade, é uma visão deturpada de quem nunca sentiu na pele o que é ficar desempregado.
Os membros do governo que propõem reduzir o seguro-desemprego repetem a ladainha de outros governos que sempre chamaram de “gastos” o que na verdade são medidas sociais importantes para o povo brasileiro.
Esperamos que o presidente Lula não aprove a ideia e convoque as Centrais Sindicais, representantes dos trabalhadores, pra um início de diálogo democrático e franco”.
Assina a Nota Miguel Torres, dirigente metalúrgico, presidente nacional da Força Sindical. O movimento neoliberal acenado por setores do governo coincide com a ofensiva do setor financeiro (a tal Faria Lima), fortalecido pela vitória eleitoral direitista em 6 de outubro.
MAIS – Site da Força Sindical.