Os frentistas estão alarmados com as seguidas explosões provocadas por GNV (Gás Natural Veicular) em postos de combustíveis.
Quinta, 12, o posto Salinas, em São Pedro da Aldeia, RJ, sofreu forte explosão. O frentista Alyf Cruz, 25 anos, morreu na hora. Só no Estado do Rio, houve três explosões, em 20 dias.
As entidades se mobilizam e cobram medidas de patrões e governos. Eusébio Luis Pinto Neto, presidente da Federação Nacional (Fenepospetro) afirma: “Não é possível aceitar essa situação. Tem trabalhador e cliente perdendo a vida”. E denuncia: “Os órgãos públicos não inspecionam os postos. O Estado nas mãos de Bolsonaro deixa o trabalhador sem proteção.”
Os Sindicatos laborais do RJ já se reuniram com os patrões. Também pediram audiência pública na Assembleia Legislativa e querem tratar com o governador do Estado. Eusébio alerta: “O acidente com gás não dá sinais, como fumaça, por exemplo. E devasta o que estiver perto”.
Cilindro – Um dos problemas com o GNV é que o cilindro fica no porta-malas. O frentista introduz o gás por um bico na dianteira do carro. Levanta o capô e faz a operação. Não tem como ver a condição do cilindro. O presidente Eusébio critica: “Muitos cilindros rodam com prazo de validade vencido. Cadê o Detran e as demais autoridades?”. Ele sugere um selo pra postar no parabrisas, avisando que o veículo é movido a GNV.
Manutenção – Posto é local perigoso pra quem trabalha ou vai abastecer seu carro. “Durante o abastecimento, o motorista deve estar fora do veículo. Mas o frentista não tem poder de polícia pra tirar do carro o seu proprietário”, diz Eusébio. Ele pede mais manutenção. “A vida do frentista é sagrada, assim como a do cliente. Mas não adianta só se lamentar. É preciso prevenir, fortalecer a cultura preventiva e não economizar na manutenção”, recomenda.
Campanha – Federação Nacional, Estadual (Fepospetro/SP) e os Sindicatos de Frentistas filiados querem fazer campanha nacional de alerta e prevenção. “Queremos mobilizar a categoria, conscientizar clientes e chamar à responsabilidade patrões e órgãos públicos”. A Federação pensa em produzir cartilha e vídeos. “Mas o patronal precisa fazer a parte que lhe cabe”, reclama Eusébio.
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