A Fundacentro foi criada em 1966. Durante décadas, funcionou como órgão efetivo de apoio às demandas sindicais por saúde e segurança no trabalho, produzindo também farta literatura técnica sobre condições de trabalho, no campo e na cidade.
Com o avanço neoliberal, especialmente a partir do governo Temer, a Fundação passou por um processo de desmonte. O desmonte foi drasticamente agravado por Bolsonaro.
Nesta quarta, 30, a Fundacentro realizou o I Encontro Nacional de Cipeiros e Cipeiras, com apoio da CUT, Força Sindical, UGT e CTB. Agora, presidida pelo médico Pedro Tourinho, a Fundação volta à superfície. O evento teve casa lotada, com dirigentes e membros de Cipaa dos comerciários, metalúrgicos, químicos e outras categorias profissionais.
A parte da manhã foi de palestras. À tarde, formaram-se grupos de trabalho a fim de discutir problemas, demandas e produzir o documento conjunto do I Encontro. As conclusões serão levadas para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, agosto, em Brasília, com o tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”. A etapa nacional reunirá pessoas de todo o País pra debater e definir diretrizes e propostas à Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
A Agência Sindical cobriu o I Encontro e entrevistou vários dirigentes. Os depoimentos serão publicados no Repórter Sindical de amanhã. A dirigente comerciária e da UGT, Cleonice Caetano (Cleo), mostrou preocupação “com o aumento nas doenças que afetam a saúde mental, decorrentes do excesso de jornada, maus tratos de chefes ou patrões e pressões crescentes nos ambientes de trabalho”.
Escala – É consenso entre sindicalistas e cipeiros que a escala 6×1 leva ao esgotamento e provoca doenças. Numa urna do Plebiscito Popular, a primeira questão na cédula era sobre o fim dessa escala. “Queremos mais tempo livre pra viver” – é principal o bordão da campanha.
MAIS – Sites da Fundacentro, Metalúrgicos de Guarulhos, CUT, Força Sindical e UGT.




