Os trabalhadores da General Motors (GM) de São Caetano do Sul (SP) estão em greve desde o dia 1º de outubro. A mobilização é conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Segundo o presidente da entidade, Aparecido Inácio da Silva (Cidão), a unidade prevalece.
De acordo com o Sindicato, a montadora apresentou proposta de reposição da inflação dos últimos 12 meses pra aplicar aos salários em fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023.
Além disso, a GM ofereceu também um vale-alimentação de R$ 350,00 aos funcionários com salários até R$ 4.429,00, a ser aplicado em fevereiro do ano que vem, e abono de R$ 1.000,00 a ser pago em outubro deste ano.
Enquanto isso, os metalúrgicos reivindicam reposição do INPC com aumento real de 5%; Piso Salarial com correção da inflação de 2016 a 2021; vale-alimentação de R$ 1.000,00 aos trabalhadores da grade nova e de R$ 500,00 aos demais; PLR de R$ 18.000,00; adiantamento do 13º Salário de 2022 para fevereiro; inclusão de cláusula sobre home office; pagamento de quinquênio de 5%; e os retornos do reajuste da grade salarial a cada seis meses e da cesta de Natal.
Para Cidão, essas reivindicações não são nada além daquilo que a GM pode pagar ao funcionário. “Estamos pedindo, basicamente, o reajuste pelo INPC e vale-alimentação, em decorrência da deflação salarial”, afirma o dirigente.
Intransigência – Ele conta ainda que a montadora tem se mostrado intransigente na negociação, tendo pedido apenas o julgamento do dissídio de greve. Até o momento, não apresentou nenhuma mudança em sua proposta de acordo. “Por isso, assembleia com os trabalhadores rejeitou por unanimidade”, explica o presidente do Sindicato.
Audiência – Nesta quarta (6), há audiência de tentativa de reconciliação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a GM no Tribunal Regional do Trabalho de SP, às 14 horas. Cidão ressalta que todos os empregados estão unidos e pressionando a montadora e, por isso, espera que o resultado da audiência seja satisfatório.
MAIS – Acesse o site dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul.