Estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre os impactos da inflação aos brasileiros mostra que os motoristas sofrem com defasagem de 18,46% no acumulado dos últimos 12 meses. A média geral, em outubro, apontava 9,57%.

Essa inflação dobrada para esta categoria de profissionais tem levado a desistência da atuação pelos aplicativos de corridas e entregas e também pela convocação da greve dos caminhoneiros, que se iniciou nesta segunda (1º).

Segundo a FGV, a gasolina já subiu 40,4% desde novembro de 2020. O etanol registrou alta de 64,45% no período. O gás veicular também teve preços elevados em 37,11%. Enquanto isso, o diesel aumentou 33%.

Diante desse quadro, os motoristas de aplicativos e entregadores têm abandonado as plataformas. Além disso, os caminhoneiros tentam lutar contra os seguidos aumentos de combustível e promessas não cumpridas por parte do governo federal.

As Centrais Sindicais apoiam o movimento grevista dos caminhoneiros. Em Nota, as entidades afirmam que os impactos nos preços aprofundam a carestia.

Para Sérgio Nobre, presidente da CUT, essa paralisação dos motoristas só confirmam o desastre da política econômica do governo Bolsonaro. “A pauta é importante não só pra categoria dos caminhoneiros, mas ao conjunto da sociedade. A escalada de alta dos preços afeta o bolso do trabalhador”, explica o dirigente cutista.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, acredita que esse movimento servirá pra fortalecer uma pauta unitária de toda a classe trabalhadora. “A população está indignada. Ampliar essa luta ajudará a a denunciar o fiasco da política neoliberal de Bolsonaro e Guedes”, conclui Miguel.

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