Se você não conhece o Diap, deveria conhecer. Ou melhor, ainda, ter conhecido no seu auge, antes da reforma trabalhista de Temer, que feriu de morte as finanças sindicais e afetou aliados históricos, como o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.
Se você não conheceu Ulisses Riedel, perdeu oportunidade de tratar com um grande brasileiro, progressista, um humanista na acepção da palavra – o fundador do Diap. Talvez você tenha conhecido o Antônio Augusto de Queiroz (Toninho do Diap), o homem que sabe tudo sobre Brasília. Ainda bem.
Pois o “Toninho (licenciado) do Diap” liderou a equipe de trabalho da casa e organizou a versão 2022 da Cartilha “Eleições Gerais – Orientações a eleitores e candidatos”. A versão em PDF está disponível no www.diap.org.br – aberta aos interessados. Talvez saia edição impressa, a depender de apoios.
Na apresentação, Maria das Graças Costa, presidente da entidade, afirma que “o Diap espera contribuir para: a) qualificar os eleitores e os candidatos nas eleições gerais; b) estimular o debate aprofundado da democracia e da participação política; e c) revigorar os valores éticos e morais que devem orientar o exercício das funções públicas, uma vez que civismo e cidadania são sinônimos de consciência política”.
Fala Toninho:
A Agência Sindical ouviu Antônio Augusto de Queiroz, segundo quem “a Cartilha sai a cada dois anos, nos pleitos municipais ou eleições gerais”. Um dos objetivos, ele enfatiza, “é estimular o voto consciente e também a atuação correta do postulante ao cargo”.
Na prática, a obra caminha por duas trilhas. Uma que orienta o eleitor e o estimula à participação cívica. E outra para o candidato se portar forma republicana, dentro da lei e com menos riscos na caminhada rumo à urna.
“Legislação, comunicação, marketing, conduta, postura, táticas de campanha, uso adequado das redes sociais, alerta sobre armadilhas eleitorais, cuidados com o discurso, cautela pra não ferir valores caros à família e ao padrão moral do eleitorado, tudo isso a Cartilha aborda”, explica o jornalista, que também é consultor político e sindical.
Aos candidatos, Toninho recomenda: 1) Tratar um tema de cada vez; 2) Apresentar propostas; 3) Evitar ataques a outros postulantes; 4) Explicitar sua visão de mundo e compromissos; 5) Deixar claro de que forma conduzirá o mandato e compromissos com setores sociais. “Também recomendamos uma espécie de carta-compromisso do candidato com o eleitorado”, afirma o coordenador da publicação do Diap.
No que diz respeito ao eleitor, a publicação estimula a participação, orienta como separar aparência da essência, diferenciar sinal de ruído, não se deixar manipular, apurar informações, “pra não ser vítima do discurso e dos chavões da pós-verdade, que, por exemplo, tentam carimbar os progressistas como inimigos da família e da igreja”.
Passado – Antônio Augusto de Queiroz, na publicação, alerta para a importância de se conhecer o candidato, “com quem andou, o que fez, nível de comprometimento dele com a pauta real dos eleitores e também sua vocação pro exercício do mandato”.
A Carta-Compromisso proposta está na página 127 da Cartilha.
MAIS – Clique aqui e leia a Cartilha “Eleições Gerais – Orientações a eleitores e candidatos”.