Sindicalistas da Baixada Santista (SP) estiveram quinta (27) com o Presidente Lula durante evento que bateu o martelo na construção do túnel Santos-Guarujá. Eles foram representados por Herbert Passos, coordenador da Força Sindical da Baixada, que reúne 40 Sindicatos, representativos de aproximadamente 250 mil trabalhadores, de diversas categorias.
Herbert, que é dirigente dos Químicos, relata a conversa com o Presidente da República: “Fui recebido com muita atenção. Relatei a Lula as principais demandas das categorias e ele fez perguntas, comentou acerca do polo industrial de Cubatão e assumiu o compromisso de tomar providências, buscando revigorar o local e atrair novos investimentos”.
Na pauta sindical, entrou também pleito dos portuários, que estão temerosos diante de projeto que tramita na Câmara Federal. E os sindicalistas reforçaram a Lula apoio ao fim da escala 6×1, pauta que ganhou notoriedade por meio da PEC de Érika Hilton (Psol-SP).
A plateia, que chegou a vaiar o governador Tarcísio, era lulista. Havia um grande número de dirigentes e ativistas sindicais – portuários, servidores de diversos setores, químicos, construção civil, vestuário, enfermagem, entre outros. A grande mídia registrou as vaias, mas não citou a presença sindical.
Polo – Segundo Herbert Passos, precisamos recuperar espaço na produção de fertilizantes, nitrogenados e fosfatados. E dá os números: “O Brasil consome 85% de importados. Estamos importando desemprego, especialmente da Rússia, que é grande produtora”. Em 2008, o País produzia 11 milhões de toneladas e consumia 25 milhões. Hoje, produzimos pouco mais de seis milhões, mas consumimos 45 milhões de toneladas.
ICMS – O dirigente Químico expôs a Lula o problema dos impostos. Segundo Herbert, “o produto importado tem imposto zero, enquanto os fosfatados pagam ICMS de 18%, o que dá enorme vantagem a quem exporta para o Brasil”. O sindicalista considera a questão dos impostos fundamental no projeto de fortalecimento do Polo de Cubatão.
Segundo o forcista, “a ideia é alterar tributação e, caso isso ocorra, as empresas se propõem a investir sozinhas ou em parceria com a Petrobras, mas esta precisa reduzir o preço do gás”.
Túnel – A travessia seca Santos-Guarulhos é reivindicada há mais de 100 anos. Herbert Passos explica que a obra, sob o mar, terá cerca de 860 metros, “com pistas para veículos de passeio, caminhões e ciclistas, além de trilhos para um VLT”. O túnel, ele explica, ao contrário de uma ponte, não traz dificuldades para o manejo de navios, mesmo os de grande porte.
MAIS – Herbert Passos (13) 9 9111.5263 Força Sindical Baixada Santista. (13) 3221.3435.