As Unidades de Saúde de São Paulo estão lotadas, faltam medicamentos, as equipes estão exaustas, muitos profissionais estão afastados por doença e a população sofre com falta de atendimento.
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Com esse caos, os médicos da Atenção Primária à Saúde podem cruzar os braços. Quem informa é o Sindicato dos Médicos de SP (Simesp).
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Em assembleia realizada no dia 6, os profissionais fizeram inúmeras denúncias sobre afastamentos por contaminação pela Covid-19 e Influenza H3N2. Além disso, há a sobrecarga de trabalho, falta de medicamentos, EPIs e insumos.

Na mobilização, convocada pelo Sindicato, os médicos deram o prazo de uma semana para que a Prefeitura da Capital e as OSS (Organizações Sociais) se manifestassem.

De acordo com o presidente do Simesp, dr. Victor Dourado, graças à ampla divulgação da mídia, os profissionais vão recebendo respostas aos poucos por parte dos gestores.

“Passamos o ano de 2021 inteiro questionando, solicitando, enviando ofícios e só tivemos o silêncio. Agora, no início de janeiro, com o espaço midiático que obtivemos, estamos recebendo aos poucos algumas respostas”, informa o dr. Victor.

Problemas – “Temos mobilizado os médicos da Atenção Primária, que estão tendo desvio de função, já que tudo está sendo transformado em Unidade Básica de Saúde e Pronto Socorro”, explica o presidente do Sindicato.

Colapso – Além da desorganização, o dirigente conta que os trabalhadores não têm recebido horas extras, mesmo trabalhando além do limite, e que os gestores não têm feito novas contratações. Quem sofre com isso é a população, que acaba sem atendimento.

“Do Natal pra cá, simplesmente explodiu o número de novos casos de doenças respiratórias. Estamos com muitas unidades desfalcadas, profissionais sobrecarregados. Além de tudo isso, está tendo número crescente de médicos infectados pela Covid-19”, ressalta o dr.
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Victor Dourado.

Reivindicações – “O principal que reivindicamos é o respeito aos profissionais da Saúde. Mas queremos também uma garantia de contratação e também condições de atender à população”, conclui o presidente do Sindicato dos Médicos de SP.

MAIS – Acesse o site do Simesp.