As funcionárias da Singular Gestão de Serviços, empresa terceirizada que presta serviços de preparo e distribuição de alimentos à Prefeitura de São Paulo, entraram em greve. As merendeiras denunciam que estão há dois meses com salários atrasados e há três meses sem receber os vales transporte e refeição.

Segundo relatos das trabalhadoras, a empresa ainda deixa de fornecer alimentos para a preparação das merendas nas escolas nas regiões do Ipiranga e São Mateus. Uma das funcionárias da Singular informa que as cozinheiras têm levado alimentos de casa para preparar as refeições dos alunos.

Diretores das escolas atendidas pela empresa confirmam as denúncias das merendeiras. “Nós atendemos 400 crianças e chegaram 60 maçãs e 180 bananas. Dei dinheiro do meu bolso pra uma delas vir. E se elas não vêm, tenho que suspender o atendimento, porque não dá pra ficar na escola sem alimentação”, afirmou uma diretora à Rede Brasil Atual.

Notificação – De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a Singular foi notificada por descumprimento de contrato e será multada por não cumprir as cláusulas contratuais. “Caso a situação perdure, haverá a rescisão”, diz a Secretaria em Nota.

Insegurança – O Conselho de Alimentação Escolar (CAE), que acompanha a situação, cobrou uma resolução do prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB), de forma que haja alteração no modelo de terceirização do fornecimento de merenda.

“Pandemia, inflação alta, incompetência administrativa e a falta de alimentos nas escolas se conversam pra não garantir a subsistência mínima às famílias”, criticou o Conselho.