17.3 C
São Paulo
quarta-feira, 21/05/2025

Metalúrgicos de SP comemoram ‘retomada’ do Ministério do Trabalho

Data:

Compartilhe:

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo completou 90 anos na terça (27). A existência da entidade quase coincide com a do Ministério do Trabalho, criado em 1930. A retomada do órgão governamental a partir do ano que vem, sob a gestão Lula, é comemorada pelo Sindicato e pelo conjunto das centrais, que apostam na valorização da negociação coletiva e na revisão de alguns itens da “reforma” trabalhista implementada em 2017.

“Temos agora o desafio de em 2023, com um novo governo federal e um novo Congresso, fazer avançar a pauta da classe trabalhadora aprovada na Conclat 2022“, afirma o presidente do sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres. “E conquistar muito mais para a categoria e a classe operária em geral. A luta faz a lei”, acrescenta Miguel, que está na direção dos metalúrgicos desde 2008. Seu mandato vai até julho de 2025.

Recriação – O Ministério do Trabalho foi extinto logo no início do atual governo. Em 2021, para acomodar um aliado político, o presidente da República recriou a pasta, mas sem nenhum protagonismo político ou econômico. Será mais um desafio do próximo governo.

Na comemoração do aniversário do Sindicato, antecipada para o último 10, Miguel citou a primeira greve geral, realizada em 2017 em São Paulo. “Depois tivemos a conquista da CLT e como mostra a história todas as conquistas de direitos e benefícios passaram pela luta do movimento sindical, sempre com a atuante presença dos metalúrgicos: refeitório, cesta-básica, 13º salário, férias, um terço de férias, licenças maternidade e paternidade, adicional de hora extra, periculosidade, pagamento salarial até o dia 5, direitos da convenção coletiva”, destacou.

O dirigente citou ainda a greve de 1961, que resultou em prisões. Mesmo assim, no ano seguinte o governo sancionou a lei do 13º salário. Em 1985, a categoria conseguiu a jornada de 44 horas semanais. No texto constitucional de 1988, a jornada legal é de 48 horas.

Em nota, as centrais apontam a negociação coletiva “como principal instrumento de regulação das relações e condições de trabalho, realizada por entidades sindicais fortes e representativas, com autonomia de organização e de sustentação financeira”, conforme propõe a Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Para isso é urgente corrigir os marcos normativos que legalizam a precarização do trabalho, desqualificam e desincentivam a negociação coletiva, enfraquecem os sindicatos e submetem os trabalhadores à coerção dos empregadores.”

A pasta do Trabalho será comandada por Luiz Marinho, que já foi ministro do Trabalho e da Previdência, também na gestão Lula. Metalúrgico da Volkswagen, Marinho foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT.

Fonte: RBA

Conteúdo Relacionado

Consulta Nacional ouve demandas dos bancários

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT, com 141 Federações e Sindicatos, convoca os bancários a responder Consulta Nacional. Ideia é...

Ensino Superior segue em luta

Professores da rede privada, Ensino Superior, seguem em campanha salarial no Estado São Paulo. Os Sindicatos integrantes da Fepesp convocam assembleias pra deliberar sobre...

Evento das comerciárias reúne 80 mil em SP

Domingo de lazer, música e cidadania em Artur Alvim, Zona Leste. A Praça do Morcegão recebeu 80 mil pessoas, durante a 13ª edição do...

Ganho real aos frentistas de Goiás

A categoria de frentistas têm obtido ganhos reais em todas as negociações coletivas. O Brasil emprega mais de 500 mil trabalhadores no setor, representados...

Juros altos não contêm alta dos alimentos

Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita pelo Dieese, mostra que o preço dos alimentos básicos continua subindo. Entre março e abril, houve aumento em...