Metroviários de São Paulo mantêm resistência contra o despejo da sede sindical, localizada no Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista. A juíza Luiza Barros Rozas Verotti, da 13ª Vara de Fazenda Pública, determinou quinta (24) a reintegração de posse do imóvel. A magistrada deu cinco dias para a entidade trabalhista deixar o local.
No final da tarde da quarta (23) trabalhadores realizaram ato na estação Tatuapé, com passeata pelas ruas do bairro, a fim de denunciar à população a situação. O protesto contou com apoio de diversas categorias. Os sindicalistas também tenta reverter na Justiça reverter o leilão que vendeu os terrenos por R$ 14,4 milhões.
Segundo Wagner Fajardo Pereira, coordenador do Sindicato dos Metroviários de SP, os trabalhadores acionaram o Tribunal de Justiça. “Uma desembargadora deve analisar o pedido”, acrescentou o dirigente.
Sede – Os terrenos que abrigam a sede do Sindicato e a área de lazer foram cedidos em 1980, em sistema de comodato, espécie de empréstimo sem custos. O prédio, inaugurado em 1990, foi construído com as contribuições dos trabalhadores.
No entanto, dia 28 de maio, em plena Campanha Salarial dos Metroviários, o governo João Doria promoveu leilão para a venda do local. “É claramente uma retaliação. Uma tentativa de dificultar a organização e a ação sindical”, afirma Fajardo.
Os sindicalistas também contestam o valor da venda, muito abaixo do mercado. Além disso, de acordo com os representantes da categoria, a empresa que ganhou foi criada dia 3 de maio, depois do edital, com capital social de R$ 10 mil. “Como uma empresa criada com capital social de R$ 10 mil faz uma compra de um terreno por R$ 14,4 milhões? Ninguém cria uma empresa pra participar de uma licitação se não tiver certeza que vai ganhar”, denuncia Wagner Fajardo.
Mais – Acesse o site dos Metroviários de SP.