A situação se tornou insustentável e os Metroviários de São Paulo iniciaram nesta quarta (19) greve por tempo indeterminado. Além de tentar retirar direitos da Convenção, dar calote na Participação nos Resultados (PR) por dois anos seguidos e arrochar salários, a empresa deixou de comparecer em audiência de conciliação no TRT, terça (18).

Segundo Wagner Fajardo, coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários SP, o Ministério Público do Trabalho apresentou em audiência proposta para pacificar a situação, que foi descartada pela Companhia do Metropolitano de SP. “Sempre defendemos o caminho da negociação. Mas não nos restou outra opção que não fosse a paralisação, diante do tamanho desrespeito do Metrô com a categoria”, conta Fajardo.

A decisão ocorreu em assembleia online nesta terça (18), da qual 77,4% da categoria votou pela paralisação. Participaram cerca de 3,2 mil Metroviários. A proposta do Metrô foi rejeitada por 88% dos votantes.

Sistema – As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô seguem parcialmente paralisadas. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, responsabilidade das concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade, respectivamente, operaram normalmente, segundo as empresas.

Liminar da Justiça do Trabalho de 14 de maio determina que 80% dos Metroviários estejam em seus postos no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil por dia.

Wagner Fajardo avisa que os Metroviários seguem abertos à negociação. “Não estamos pedindo aumento, apenas a reposição da inflação, que não é concedida há dois anos. Estamos dispostos a conversar. Mas isso está nas mãos do governo e do Metrô”, afirmou.

Mais – Acesse o site do Sindicato dos Metroviários de SP.