O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de encontro com empresários na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), dia 9. Durante a reunião, o candidato à Presidência pelo PT garantiu que pautas consideradas essenciais para o setor industrial estarão contempladas no governo, caso seja eleito.
Ele citou as reformas tributária e administrativa, o controle fiscal e a retomada do crescimento industrial no Brasil. Mesmo com garantias voltadas para o público presente, que representa parte da elite, Lula fez questão de reafirmar que o fim da miséria é prioridade nos planos para uma eventual gestão.
“Dar jeito neste País significa, outra vez, acabar com a miséria.
Precisamos conquistar o direito de ficar indignados com isso. Não é normal, não pode ser normal. O terceiro maior produtor de alimentos do mundo ter 33 milhões de pessoas passando fome. O maior produtor de proteína animal do mundo e as pessoas têm que ficar atrás de carcaça de frango e osso. Sabe o que eu vou garantir para vocês? Mercado. O que vocês querem é investir no Brasil para ganhar dinheiro.
Isso vai ser garantido”, afirmou o petista durante o encontro.
Protagonismo – No discurso aos empresários, Lula também citou as relações internacionais como prioridade para retomada do crescimento do setor industrial e do País como um todo.
“Vamos ter que começar a recuperar as nossas amizades, nossas relações com o Chile, com Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia.
Não é possível que o Brasil, que o último contencioso foi a guerra do Paraguai, esteja sem conversar com ninguém. Nem o presidente é convidado para lugar nenhum do mundo e ninguém quer vir aqui”, criticou o ex-presidente.
Ao finalizar o discurso, Lula garantiu que nada será feito “de surpresa” caso seja eleito e que o diálogo com os setores produtivos está garantido. “Nós não vamos dormir de noite e à meia-noite anunciar pacote. Na minha vida não existe isso, tudo será motivo de discussão”, concluiu.
Lula esteve acompanhado do candidato a vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador do plano de governo, Aloízio Mercadante (PT).
*Com informações do Brasil de Fato.