Avançam as negociações entre os Sindicatos de Metalúrgicos de São Caetano, SP e Mogi, São José dos Campos e a General Motors. O foco da questão são as 1.245 demissões feitas pela empresa.
Na tarde desta terça (7), as partes voltam a se reunir em São Paulo. Em debate, os dias da paralisação. “A Justiça, ao reverter as dispensas, mandou também pagar os dias em greve”, afirma Jorge Carlos de Morais (Arakém), dirigente do Sindicato da Capital e Mogi das Cruzes.
Segundo Arakém, os demitidos já receberam telegramas da General Motors informando a reversão das dispensas em massa. Mas resta a questão dos dias parados, que será debatida nesta tarde.
Lay-off – O dirigente da Capital observa, também, a necessidade de ser resolvida a situação dos trabalhadores estáveis até maio do próximo ano. “Como há acordo de lay-off, esses companheiros não podem ser demitidos”, ele alerta.
Advogada – A Agência Sindical também ouviu a dra. Líliam Pascini, que atua pelo Sindicato de SP e Mogi. Ela observa que já houve avanços concretos e importantes. Diz, também, a advogada: “Estamos tratando de uma paralisação histórica, pelo volume de trabalhadores demitidos e agora paralisados nas três unidades e ainda pela forte unidade demonstrada”.
A advogada chama atenção para o fato de que a discussão acerca da greve se dá após decisão do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual demissão em massa exige negociação sindical. Ela diz: “É a grande primeira demanda sobre o tema dispensa em massa, com a garantia de que é preciso chamar o Sindicato pra negociar”.
A negociação com a GM, no entender da dra. Líliam Pascini, pode estabelecer um novo paradigma nas relações capital-trabalho.
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