Semana passada, uma fotomontagem do jornal Folha de S.Paulo gerou furor em setores da esquerda, provocou uma torrente de discussões nas redes e até a Associação Brasileira de Imprensa se manifestou, contestando o jornal dos Frias.
Falei pouco sobre o tema, por entender que os problemas reais do povo brasileiro passam longe de uma fotomontagem. O desafio central do Brasil, hoje, é consolidar o governo Lula, isolar os radicais fardados e paisanos, e executar um programa de governo que gere emprego, renda e estabilidade econômica. Ou seja, fortalecer a democracia e melhorar o padrão de vida dos brasileiros.
A esquerda fake perde tempo com lateralidades, enquanto a direita opera persistentemente em busca de seus objetivos, em defesa dos seus interesses, ainda que os mesmos se oponham aos interesses maiores do nosso povo.
A conduta do presidente Lula tem sido admirável. Com inteligência, paciência e persistência, ele busca consolidar a frente ampla na prática, seja por meio de uma reunião com governadores, uma plenária sindical ou o encontro com reitores das universidades federais. Louvável também seu empenho em reequilibrar a relação dos Poderes da República, trincada pelos sucessivos ataques de Bolsonaro e sua matilha.
Não temos o direito de desperdiçar a chance que a história nos dá de consolidar um governo democrático e popular, em nosso País, estrangulando o terreno da direita extremista. Para tanto, que cada um se concentre nas próprias tarefas e ajude o governo a andar para a frente.
Quem perde tempo com realidades paralelas e questões secundárias, como a foto da Folha, gasta energia que deveria ser consumida em suas próprias tarefas e no engajamento por mais democracia, emprego, renda e direitos plenos aos brasileiros.
A direita não presta, sabemos.
Mas a esquerda cirandeira vale o quê?
João Franzin, jornalista da Agência Sindical
E-mail: franzin@agenciasindical.com.br