Pela primeira vez na história, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) terá um diretor-geral de origem africana. O togolês Gilbert Fossoun Houngbo, 61 anos, foi eleito com o apoio de trabalhadores e parte dos governos. Ele declarou: “Embora minhas origens sejam africanas, minha perspectiva é global. Em uma época, infelizmente, de divisão, o meu compromisso é de ser um diretor-geral unificador”.

Houngbo substituirá o inglês Guy Ryder, que ocupa o cargo desde 2012, e terá um mandato de cinco anos, a partir de 1º de outubro de 2022. “Tenho o prazer de aceitar este desafio e continuar me dedicando a garantir que as pessoas mais vulneráveis não sejam deixadas para trás”, afirmou nas redes sociais.

Eleição – Para ser eleito diretor-geral da OIT, o candidato deve ter mais da metade dos 56 votos do Conselho, formado por 28 representantes de governos, 14 empregadores e 14 trabalhadores. No primeiro turno, o togolês foi escolhido por 24 representantes; Muriel Pénicaud (França) por 14; Mthunzi Mdwaba, da África do Sul, por 13; a sul-coreana Kang Kyung-wha recebeu quatro votos; e Greg Vines, da Austrália, teve um voto e foi eliminado.

No segundo turno, Houngbo teve 30 votos dos integrantes do Conselho de Administração da OIT, ante 23 dados à francesa, dois para a candidata da Coréia do Sul e um para o sul-africano.

Carreira – Gilbert Fossoun Houngbo foi primeiro-ministro de Togo entre 2008 e 2012. Desde 2017 é presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), vinculado às Nações Unidas, sexto a comandar a entidade. Agora, será o 11º diretor-geral da OIT, criada em 1919.

FONTE: Por Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual