Reindustrialização, indústria 4.0, suporte do Estado à indústria nacional. Esses pontos fazem parte de toda pauta desenvolvimentista. Na Conclat 2022, o tema reindustrialização também surgiu com destaque, não só enquanto reivindicação, mas também proposta capaz de gerar empregos de qualidade e com salários maiores.
O tema volta à cena nesta segunda (12) com o lançamento do livro “Reindustrialização para o desenvolvimento brasileiro”. A obra discute os limites impostos pela desindustrialização, assim como as possibilidades de reverter essa fase numa política pública de desenvolvimentista.
O economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP e presidente do Conselho Federal de Economia, é organizador e um dos coautores do livro. Para o professor, que integra o Grupo Temático de Economia no GT da Transição, o conteúdo da obra é ainda mais oportuno na transição rumo ao novo governo, pois apregoa a reversão da desindustrialização nacional.
Mas Lacerda alerta: “Não será fácil. Terá que ser um processo induzido, mediante a criação de um ambiente macroeconômico mais favorável à produção, a políticas de competitividade nas áreas industrial, comercial e de inovação, entre outras ações”.
Outra iniciativa, ele diz, que vai gerar essa discussão, é a recriação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. “A nova Pasta é a oportunidade de recolocar o assunto no centro das políticas econômicas, da qual está ausente há anos”, diz o professor Corrêa de Lacerda.
SERVIÇO – Lançamento do “Reindustrialização para o desenvolvimento brasileiro”. Segunda (12), às 19 horas, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena, SP). Vendas online na loja da editora.