Em assembleia, na manhã desta sexta (24), metroviários de São Paulo decidiram aceitar a proposta do Metrô e encerrar paralisação iniciada quinta, 23.
Resultado apertado: foram 1.480 votos pelo fim da greve e 1.459 pela manutenção. Diferença foi de apenas 21 votos.
Para a presidente do Sindicato dos Metroviários de SP, Camila Lisboa, o resultado reflete o valor da proposta. A categoria pedia R$ 7.500,00 de abono por três anos de Participação dos Resultados (2020 a 2022). O Metrô ofereceu R$ 2.000,00.
Mesmo considerando o valor insuficiente, a dirigente defendeu a aceitação da proposta. Ela diz: “Não queremos transformar a vitória política dessa greve em uma derrota para a categoria. Temos uma campanha salarial, e daqui a duas semanas vai começar um novo enfrentamento”.
Golpe – Os metroviários desafiaram o Metrô a liberar as catracas a fim de diminuir os transtornos aos usuários. Mas, apesar de divulgar pra imprensa que aceitaria, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) acionou a Justiça e conseguiu liminar.
Vice-presidente do Sindicato, Narciso Fernandes Soares, afirma que o governador também mentiu durante a negociação ao afirmar que o Metrô não tinha dinheiro.
Para ele, a categoria sai fortalecida da greve. “Saímos mais fortes hoje. A categoria sai mais moralizada. Foi justo o movimento. Acho que nesse momento é melhor recuar pra sair de cabeça erguida e ter força na campanha salarial”, afirma Narciso.
Campanha – Em breve, metroviários e governo terão novos embates. Com data-base em 1º de maio, a categoria já se organiza pra campanha salarial.
Mais – Acesse o site do Sindicato dos Metroviários de SP.