Terminou com vitória a paralisação de 12 dias dos mais de seis mil trabalhadores terceirizados da refinaria Presidente Bernardes (Petrobras), em Cubatão, Estado de SP.
Encerrada segunda, dia 12, a greve obteve aumento de 4,6% para 7% nos salários, benefícios, adicionais noturno e de periculosidade, assim como na Participação nos Lucros e/ou Resultados. A PLR será de um salário nominal do empregado, com teto de R$ 5,8 mil.
A campanha salarial foi iniciada em março. Data-base, maio. A paralisação abrangeu cerca de seis mil trabalhadores terceirizados de 50 empreiteiras, que operam no polo industrial de Cubatão, Santos e do Guarujá.
Segundo Ramilson Elói, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Santos (Sintracomos), outra vitória foi a pagamento dos dias parados. Ele informa: “Além disso, não serão descontados os vales-refeição e alimentação dos companheiros”.
O sindicalista parabeniza trabalhadores e dirigentes da entidade. “Em razão de doença ou mortes, nossa diretoria está desfalcada, pois perdemos oito companheiros. Tivemos que nos desdobrar nos piquetes e os trabalhadores nos ajudaram a conscientizar os demais sobre a importância da greve”, ele comenta.
O dirigente também agradece as entidades da região pelo apoio: “Sindicato dos Químicos, dos Funcionários Públicos de Praia Grande e dos Petroleiros fizeram a diferença na nossa luta”.
Antes da greve, iniciada em 31 de maio, as empreiteiras ofereciam 4,6%. Em audiência de conciliação, dia 30, o Tribunal Regional do Trabalho de SP propôs, além dos 4,6% em maio, 1,4% em setembro.
“Os trabalhadores rejeitaram a proposta e no dia seguinte cruzaram os braços”, conta o presidente do Sindicato. O retorno ao trabalho só ocorreu mediante a garantia dos 7% e demais avanços.
MAIS – Acesse o site do Sintracomos.