O jornalista Wagner William escreveu a biografia de Maria Thereza Goulart, “Uma mulher vestida de silêncio”. O livro, adaptado por José Eduardo Vendramini, virou peça de teatro. A peça, estrelada por Angela Dippe e Thiago Carreira, chama-se “Maria Thereza & Dener”, o mais conceituado nome da alta costura brasileira. A direção é de Ricardo Grasson.
Vendramini, habilmente, faz um recorte do livro e utiliza a relação de amizade entre a mais bela das primeiras-damas brasileira e o estilista, pra contar a recente história brasileira e valorizar a figura humana e política do presidente Jango.
Dia 31 de março, data do golpe de 1964, que derrubou Jango e obrigou a família ao calvário do exílio, teve sessão especial, com pessoas amigas da família Goulart, líderes sindicais e autoridades, como o ex-senador e hoje vereador paulista Eduardo Suplicy, o ex-deputado Jamil Murad e outros.
Ao final da peça, gritos de “Viva Jango!” e “Fora, Bolsonaro”. Após, montou-se um rápido painel, no qual as pessoas falaram de Jango, mas também destacaram suas preocupações com regime extremista hoje vigente no País. Participaram a jornalista Mônica Dallari, Suplicy, João Vicente (filho de Jango) e sua esposa Verônica Goulart.
João Vicente, ao tratar da crise atual brasileira, resgatou a importância das reformas de base propostas por seu pai e chamou atenção para a importância da memória. “Nós é que temos de contar a história real. Se não, outros contam e, como acabamos de ver esses dias, fazem a exaltação de um regime que perseguiu, exilou e matou oponentes”.
A peça está em cartaz até o dia 28 de abril, no Teatro Eva Herz, Conjunto Nacional, avenida Paulista, São Paulo (junto à Livraria Cultura). Horário: às 20 horas. Quartas e quintas-feiras. No feriado de 21 de abril a sessão será às 18 horas.
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