Nesta sexta (3), os trabalhadores da Petrobras promovem ato contra a privatização da empresa e também pra denunciar a venda lesiva da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. A manifestação é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindicatos filiados.
Segundo a FUP, a Refinaria, vendida ao fundo de investimento árabe Mubadala, é a segunda maior do País. O valor do negócio ficou em US$ 1,65 bilhão, metade do preço que a própria Petrobras havia definido como referência.
De acordo com o coordenador-geral da Federação, Deyvid Bacelar, a venda da Rlam, da qual o dirigente é funcionário, não respeita a Constituição Federal e uma decisão anterior do STF. Ele diz: “Estão pegando ativos da empresa mãe, a Petrobras, transformando-os em subsidiárias e vendendo essas subsidiárias, que foram criadas artificialmente”.
O dirigente explica que, dessa forma, o governo consegue burlar o processo de licitação. “O próprio ministro do STF, Alexandre de Moraes, já declarou que essa patologia não deveria ocorrer”, alerta Deyvid.
Deyvid Bacelar afirma que essa jogada da Petrobras, de se desfazer de ativos importantes, torna-a em uma empresa pequena, exportando óleo cru. “É preciso barrar essas privatizações”, ele ressalta.
Luta – A fim de tentar frear esse processo acelerado de privatização da Petrobras, os trabalhadores farão, além do ato nacional, uma grande mobilização nas bases, com assembleias até o dia 19 de dezembro, para preparar um estado de greve nacional.
Em Nota, a FUP propõe ampliar a atuação da Brigada Petroleira em Brasília, Estados e Municípios. “O objetivo dessa Brigada é apresentar o conjunto de propostas da categoria, dialogando e articulando com diversos atores sociais e políticos pra avançar na construção de um País soberano”, diz o documento.
MAIS – Acesse o site da FUP.