A contaminação pelo novo coronavírus avança de forma alarmante no Brasil. Quinta (7), o Ministério da Saúde confirmou mais de oito mil mortes em todos o País, vítimas que colocam o Brasil como o 6° colocado no mundo em número de óbitos pela Covid-19.
O alto índice de contaminação preocupa sindicalistas, que além de fechar acordos coletivos com as empresas a fim de preservar saúde e empregos, se colocaram à disposição do governo a fim ajudar a estabelecer medidas de preservação à saúde de trabalhadores de atividades essenciais.
É o caso da cadeia industrial da alimentação, que emprega 1 milhão e 600 mil. Em 19 de março, a CNTA Afins e a Contac-CUT, entidades que representam a maioria dos trabalhadores nas indústrias da alimentação no País, enviaram juntas ofícios aos Ministérios da Saúde, da Economia e à Presidência da República demonstrando preocupação com as condições de trabalho da categoria durante a pandemia.
Segundo Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, nas indústria da alimentação os funcionários trabalham muito próximos ou em grupo. “É um risco à saúde. Por isso, a adoção de medidas específicas para garantir a saúde destes trabalhadores são imprescindíveis”.
No entanto, o dirigente lamenta que só o Ministério da Saúde tenha respondido ao ofício, dia 15 de abril. Apesar disso, de forma vaga. “Percebemos que nesse governo não há preocupação com a classe trabalhadora. É um governo voltado para o empresariado e o capital”.
No documento, as entidades propõem a criação de um comitê tripartite sobre o assunto, formado por trabalhadores, empresários e governo federal. O objetivo seria debater temas ligados à preservação do emprego, renda e segurança à saúde dos trabalhadores, além da segurança alimentar da população.