Após a pressão e a mobilização de condutores da capital paulista, representantes das empresas e a SPTrans recuaram na decisão de reduzir mil coletivos da frota operacional que circula pela cidade.
A medida, segundo o Sindicato dos trabalhadores no transporte urbano de São Paulo, representaria a demissão de cinco mil funcionários. Entre eles motoristas, cobradores, fiscais e setor de manutenção. Dia 9, o Sindmotoristas iniciam as negociações com as empresas para definir a quantidade de coletivos em circulação, a garantia dos empregos e a retomada Campanha Salarial 2020.
Valmir Santana da Paz (Sorriso), presidente em exercício do Sindicato, informou que a entidade acionará na Justiça o setor patronal e a SPTrans, a fim de que cumpram o acordo assinado dia 10 de junho, que previa manter 100% da frota dos coletivos em operação. Ele avisa: “Não permitiremos que usem a pandemia como cortina de fumaça para promover demissões e sucatear direitos”.
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De acordo com o dirigente, o Sindicato não permitirá que os trabalhadores sejam sacrificados. “Estamos preparados e dispostos a fazer uma grande batalha para garantir nossos direitos e condições seguras de trabalho”, avisa Sorriso.
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O deputado federal e presidente licenciado do Sindicato, Valdevan Noventa, teve participação decisiva nas negociações. Segundo ele, a categoria arrisca sua vida e a de seus familiares durante a pandemia e merece ser valorizada. “Esses trabalhadores merecem, além de atenção redobrada, melhores condições de trabalho e reconhecimento pelo papel que desempenham na sociedade e na cidade”, enfatiza.
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Contaminação – De acordo com o Sindmotoristas, 155 profissionais contraíram a Covid-19 somente no mês de junho. Foram registradas 40 mortes, sendo nove com diagnóstico confirmado e 31 suspeitas. A categoria possui cerca de 60 mil trabalhadores em São Paulo.
Após reivindicações do Sindicato, as empresas de ônibus passaram a oferecer itens de proteção aos funcionários, como máscaras e álcool em gel. No entanto, Noventa também cobra a instalação de uma barreira de acrílico que separe os trabalhadores dos passageiros. “Continuamos insistindo nesse tema, principalmente após a flexibilização do isolamento, que aumentou o uso dos veículos”, explica.