Vicente Matheus, folclórico presidente do Corinthians, dizia: – Quem entra na chuva é pra se queimar. É o caso da Prevent Senior, empresa com 550 mil clientes, 10 mil funcionários, três mil médicos, 11 mil leitos hospitalares e dona de um nicho de mercado crescente no País, ou seja, a população acima dos 60 anos.
A pergunta é: por que a Prevent se meteu na aventura bolsonarista, passou a empurrar o kit covid ineficaz e a alterar prontuários de pacientes?
CPI – A advogada Bruna Morato, procuradora de 12 médicos que fizeram denúncias contra a Prevent Senior, disse terça (29), na CPI da Covid, que a operadora implementou uma política interna de “coerção”, e que os profissionais de saúde acabaram receitando o chamado kit covid por medo de retaliações. Segundo a advogada, a Prevent e pessoas que integravam o gabinete paralelo fizeram um “pacto” pró-hidroxicloroquina pra evitar isolamento social na pandemia.
Profissionais nas unidades da Prevent eram obrigados a prescrever o kit covid com hidroxicloroquina e outros medicamentos sem eficácia contra a covid-19. O plantonista diz ao paciente: Preciso te dar. Se eu não der, sou demitido”.
O Globo – Domingo, o jornalista Eli Gaspari publicou o artigo “O vírus da política na Prevent”. Ele lembra que, em 1º de abril do ano passado, 58% das mortes por Covid-19 em São Paulo ocorreram em unidades médicas do grupo.
Lembra também Gaspari que a empresa, após divulgar suposta pesquisa, voltou atrás e admitiu, por seu próprio diretor, Fernando Parrillo, que a pesquisa era furada. Além da CPI, a Prevent Senior tem agora que se explicar ao Ministério Público.
Bolsonaro – Vale sempre lembrar que Jair Bolsonaro não só fez propaganda da cloroquina, como mandou o Exército fabricar a medicação. E agora, Jair?
Clientes – Outra pergunta: como ficam os clientes, quer perderam a confiança no seu plano de saúde e a quem eles vão recorrer?
Mais – Prevent Senior e capitalismo por João Franzin. Leia aqui