O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é considerado como prévia da inflação, subiu 1,2% em outubro. Com isso, bateu a maior variação para o mês desde 1995. Quem aponta este dado é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 chega a 10,34%. O Conselho Monetário Nacional havia centralizado a meta para 3,75%. Esse resultado mostra que a inflação está bem acima do que previa o governo.
Segundo a pesquisa, a energia elétrica foi quem mais puxou o índice. O preço subiu 3,91%. Dentre as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE, a maior taxa registrada entre setembro e outubro foi em Curitiba, com 1,58% de alta. São Paulo apareceu na sequência, com 1,34%, seguido por Rio de Janeiro (1,22%) e Belo Horizonte (1,17%).
Projeções – As novas perspectivas desanimam também os mais entusiastas. De acordo com a manchete do Valor Econômico desta terça (26), o mercado financeiro prevê elevação nos juros, inflação maior e PIB menor.
Na reportagem, analistas apontam que a maior incerteza fiscal implica risco-país mais alto, depreciação do real mais intensa e pespectiva pior para a inflação. Essas projeções fizeram diversas instituições financeiras a rever seus estudos. O Itaú, por exemplo, já estimou que o PIB previsto para 2022 deverá retrair para 0,5%.
Em Nota, o banco afirma que a motivação se dá pela mudança recente nos preços e perspectivas para os ativos brasileiros, com suas consequências para a inflação e para a política monetária.
Otimismo – Enquanto isso, no encantado mundo do ministro da Economia, Paulo Guedes, as previsões são apenas uma ‘conversinha’. “A conversinha é sempre essa. Primeiro, que ia cair, ficar lá em baixo, não ia voltar. Aí volta em V”, declarou Guedes.
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