A Covid 19 assustou o mundo. Mais de um milhão e cem mil pessoas já nos deixaram em todo o planeta. Apenas no Brasil, mais de cento e cinquenta mil pessoas perderam a vida. É muita gente. Uma tragédia gigantesca. Para se ter uma ideia, Guarulhos tem pouco mais de um milhão e trezentos mil habitantes.
Para evitar um mal ainda maior, foram necessários meses de portas fechadas no comércio, para manter o isolamento social.
Entretanto, pressionado pela desorganização do governo Bolsonaro e pela economia, o comércio varejista vem reabrindo com a autorização da Prefeitura e do Governo do Estado de São Paulo. Nós temos fiscalizado se as precauções sanitárias com funcionários e clientes estão sendo seguidas.
Com essa reabertura, a expectativa é de que as vendas sejam retomadas e, inclusive, com um crescimento razoável para a recuperação do tempo perdido.
Datas comemorativas como Dia das Crianças, Natal e a Black Friday geram esperança e apontam para crescimento.
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista cresceu 3,4%, em agosto, na comparação com julho, a quarta alta mensal seguida, após quedas influenciadas pela pandemia em março e abril. Com o resultado, o setor atinge o maior patamar de vendas desde 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014.
Na comparação com agosto de 2019, o comércio cresceu 6,1%, terceiro resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o setor registrou menor ritmo de queda (-0,9%), enquanto nos últimos 12 meses, acumula crescimento de 0,5%, após três meses de estabilidade, o que propõe uma boa recuperação para este ano. Dessa forma, o comércio não fechará o ano no negativo.
Isso mostra que a choradeira dos patrões nas negociações para uma nova Convenção Coletiva não passa de mera estratégia mesquinha.
Os dados apontam que, aos poucos, tudo está melhorando, mas precisamos de mais força na economia para sairmos do fundo do poço. E nada melhor do que fazer a roda da fortuna girar, com a concessão de reajustes dignos e de ganho real para os comerciários, pois como todos sabem, os preços, sobretudo dos alimentos, subiram. É essencial repor o poder de compra do trabalhador.
Essa é a visão de um empresário moderno e foi apostando nisso que, diante da miopia do sindicato patronal, saímos a campo negociando diretamente com algumas empresas que, sem enrolação, assinaram diversos Acordos Coletivos que mantiveram direitos adquiridos e concederam reajustes acima da inflação, reconhecendo todas essas questões.
Um Sindicato deve representar a sua categoria e estamos fazendo esse papel.