Os trabalhadores do transporte público de São Luís e região metropolitana do Maranhão, que estão em greve há sete dias, terão na tarde desta terça (22) audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho. Além dos representantes dos assalariados, devem participar representantes da patronal e do município.
Segundo Isaías Castelo Branco, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), a adesão inicial foi total. “Ao todo, são 7,5 mil trabalhadores da categoria. Todos eles aderiram a paralisação nos três primeiros dias de greve”, informou o sindicalista.
Parte voltou ao trabalho desde o dia 18, após liminar do TRT-MA determinar a manutenção de ao menos 80% de toda a frota da Grande São Luís.
O Sttrema pede reajuste de 15% nos salários e no tíquete alimentação, além de exigir a proibição de motoristas acumularem a função de cobrador. Esta última exigência será cumprida nos próximos dias, com a publicação no Diário Oficial do Município da Lei 6.801/2020, de autoria do vereador Umbelino Júnior, que proíbe motoristas de acumularem a função de cobrador no transporte coletivo da capital.
Prisão – Também no dia 18 de fevereiro, a desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, do TRT-MA, decretou a prisão de 15 dirigentes do Sindicato. Os mandados foram revogados na noite de domingo (20), pela mesma desembargadora. O pedido de prisão foi denunciado não apenas pelo Sindicato, mas também pelas Centrais Sindicais e por outros setores.
Quem também se manifestou a respeito foi Valdete Souto Severo, juíza do Trabalho. Ela publicou: “Determinar a prisão de quem está reivindicando direitos sob a égide de uma Constituição que os garante como fundamento do Estado é apostar no caos. E se a intenção for apenas a de ameaçar, então é ainda pior, pois estamos lidando com a lógica do uso arbitrário da força violenta do Estado para impedir o exercício de direitos sociais”.
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