Pedro Afonso Gomes preside o Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo – Corecon-SP. A entidade não vai produzir documento acerca do recente conjunto de medidas anunciado pelo governo, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mas Pedro tem leitura própria das medidas atuais e do que elas apontam para o futuro do País. Ele diz: “As medidas do governo estão no rumo certo”. Ou seja, evitar tributação em salários e taxar ganhos altos, fora do padrão salarial.
Com seu habitual senso de humor, o presidente do Corecon-SP observa: “Quando a pessoa ganha R$ 50 mil ou mais, eu penso que nisso está embutido até direito de imagem ou a fama”.
Pedro Afonso Gomes recorre a um antigo bordão do ex-senador e governador paulista André Franco Montoro, que repetia: “Salário não é renda”.
O economista vê o governo agir com firmeza, mas observando a necessária cautela ante o mercado e as forças políticas. Ele comenta: “Não tem como mudar tudo de uma vez. O caminho gradual é o mais seguro, embora dando passos firmes, no rumo certo”.
Isenção – Para o presidente do Corecon-SP, o ponto mais atraente das medidas é a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil. Segundo Pedro Afonso Gomes, “os R$ 5 mil são pouco menos que quatro salários mínimos – é ganho pra pessoa tocar a vida”. Ele contempla o alcance da medida ao observar que mais de 85% das pessoas ganham até cinco salários mínimos”.
A isenção, pelas suas contas, deixaria no bolso do trabalhador cerca de R$ 500,00 ou R$ 600,00. E pergunta: “É mais importante quem deixa de ganhar ou quem deixa de arrecadar”?
Renúncia – O ministro Haddad sinalizou, mas não definiu, segundo Pedro Afonso, a respeito da “retirada de subsídios inúteis”. Ele completa: “São aquelas isenções que beneficiam empresas, grupos ou ramos, mas não têm retorno pra sociedade”.
MAIS – Sites do Corecon-SP, Cofecon e Secom.