Nos dias 23 e 24, a Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores da Alimentação (Contac), filiada à CUT, e a União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (UITA) promoveram o Seminário Nacional de Bebidas. O objetivo foi discutir e debater avanços aos empregados no setor.
O evento ocorreu em São Paulo, no auditório da CUT. Participaram da atividade federações e sindicatos filiados à Contac-CUT de todo Brasil.
O presidente da Contac, Nelson Morelli, acredita que o novo governo eleito pode renovar as esperanças da categoria, mas ainda se faz necessária a luta da classe trabalhadora.
“O seminário é um pontapé, um ponto de partida na reorganização desse setor expressivo em nosso País. O que fará a diferença agora é nosso poder de mobilização para avançarmos em direitos sociais e nas nossas negociações”, enfatiza Morelli.
Bebidas – A indústria de bebidas brasileira emprega atualmente 122.957 pessoas, em cerca de 3.498 empresas. Os dados são da Rais (Relatório Anual de Informações Sociais) de 2022. A participação no PIB brasileiro, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), chega a 1,65%.
Para o supervisor técnico do Dieese, Victor Pagani, a reforma trabalhista prejudicou o setor. “Há 10 anos convivemos com uma queda nos empregos e tivemos uma leve recuperação em 2021. Porém, a partir da reforma trabalhista, em 2017, que ampliou as possibilidades para contratações precárias, a remuneração média tem caído ano após ano”, explica.
Saída – Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de São Paulo, José Enoque da Costa Souza, a saída para a categoria é a mobilização. “Vamos lutar por reajuste e aumento real, a partir de uma pauta que seja comum para todo o Brasil”, conclui Enoque.
MAIS – Sites da Contac-CUT e UITA.