O Brasil precisa criar condições para construir uma indústria cinematográfica forte, com produções contínuas e técnicos cada vez mais qualificados, amparados por leis e proteção trabalhista.
É o entendimento do Sindcine – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de SP, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e DF. A mudança de governo abre perspectivas.
Sonia Santana preside o Sindcine. Segundo ela, “o audiovisual, até pra enfrentar a concorrência estrangeira, precisa superar hábitos do amadorismo e adotar um padrão mais profissional”.
A dirigente integrará delegação da UGT ao encontro do movimento sindical com o Presidente Lula, quarta, 18, em Brasília. O Sindcine também levará documento de propostas à 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, de 20 a 28 deste mês, na cidade mineira, quando os profissionais do audiovisual devem definir recomendações ao novo governo.
Profissionais – Para Sonia Santana, as tarefas atuais também exigem “reconstruir o que foi desmontado no governo Bolsonaro”. Mas não basta. A dirigente espera do governo uma política para o setor, que, basicamente, produz cinema e publicidade. “Políticas, incentivo e apoio, inclusive a pequenas produtoras descapitalizadas e ao cinema de invenção, que continuará a existir”, afirma.
Uma das preocupações do Sindcine, e objeto de debates com a categoria, é a qualificação profissional. Sonia Santana diz: “Os técnicos mais experientes estão sobrecarregados com jornadas abusivas. É preciso formar novos profissionais porque mercado existe, mas não pode ser sob condições que exaurem e adoecem os técnicos”.
A formação de uma indústria pujante no audiovisual nacional é demanda antiga, de gerações. Para a presidente do Sindcine, a hora chegou. Ele observa: “A eleição de Lula e a recriação do Ministério da Cultura, como também o fortalecimento da Pasta da Indústria e Comércio, possibilitam meios pra que o setor se profissionalize mais”.
Patronal – A presidente não deixa de alertar representantes patronais: “É preciso que eles invistam na profissionalização, respeitem Normas e a Convenção Coletiva. Podemos nesse sentido caminhar juntos”.
MAIS – Sites do Sindcine e da Mostra de Cinema Tiradentes.