17 C
São Paulo
domingo, 15/06/2025

Sindcine exalta pujança do cinema nacional

Data:

Compartilhe:

O audiovisual brasileiro vive uma fase de entusiasmo e também de esperanças. Primeiro, devido ao Oscar de Melhor Filme Internacional para “Ainda estou aqui”, de Walter Salles; depois, pelo Grande Prêmio do Júri conquistado por “O último azul”, de Gabriel Mascaro, no Festival de Berlim; e, mais recentemente, em razão da dupla premiação em Cannes – de melhor direção e melhor ator (Wagner Moura) – para “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho.

Sonia Santana preside o Sindcine. Ela falou à Agência Sindical sobre a qualidade das produções nacionais e de sua esperança em novas produções e mais prêmios. Sonia afirma: “Penso que estamos superando a fase de sufoco dos anos bolsonaristas, quando a cultura era até criminalizada. As produções culturais nacionais têm crescido, em todos os setores, mostrando a pujança e originalidade dos produtores, atores, diretores e demais profissionais do setor”.

Sonia observa que, no caso do cinema, “é muito difícil competir por meio de uma obra em que a língua falada não seja o inglês”. Essa aparente desvantagem, ela comenta, “é compensada pela força de nossa cultura e a necessidade de contar a história recente do País, especialmente a violência e as agruras da ditadura”.

A economia moderna, ainda que nas produções culturais, exige escala. Um dos nossos pontos frágeis nesse sentido é a bilheteria, “porque os cinemas de rua foram fechados ou viraram igrejas, e já quase não temos mais salas no Interior do País”, comenta a presidente do Sindcine.

O audiovisual moderno mantém as características locais ou do país onde é produzido. Porém, alerta a dirigente, é preciso atuar com profissionalismo em todas fases, inclusive na divulgação fora do País, com exibições em mostras e um grande número de entrevistas. Foi o que se viu com o filme de Walter Salles.

Eixo – Para a dirigente do Sindcine, o Brasil tem um vasto mercado a ser explorado. Ela defende que haja mais produções fora do eixo Rio-São Paulo. O próprio Kleber – de “O agente secreto” – é pernambucano.

Segundo Sonia Santana, falta ao audiovisual uma política pública efetiva, com mais recursos, como também a realização de cursos de formação, qualificação e requalificação profissional.

Mira – O cinema brasileiro tem uma forte tradição política, de pensar e relevar nosso País. Não à toa, ela argumenta, “o cinema, muitos diretores e muitos atores e atrizes foram vítimas preferenciais da repressão”.

MAIS – Sindcine (11) 5539.0955; Sonia (11) 99948.0145; João Franzin – jornalista (MTb 12.865) 11 99617.3253.

Conteúdo Relacionado

Categorias rejeitam Plano de Carreira do Metrô

Trabalhadores do Metrô de São Paulo rejeitaram por ampla maioria o novo Plano de Carreira e Remuneração proposto pela empresa pública. Segunda (9), 82%...

Líder frentista cobra ministro sobre GNV

Explosões pelo Gás Natural Veicular - GNV, como a que vitimou o frentista Paulo Barbosa dos Santos, sábado (7), no Rio, podem ser evitadas....

Metalúrgicos reúnem Cipeiros e Delegados

O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região convida trabalhadores e empresas para o Encontro de Cipeiros e Representantes Sindicais. Será no auditório Presidente...

Na OIT, Patah valoriza justiça e trabalho

O presidente da UGT, Ricardo Patah, representou os trabalhadores brasileiros na 113ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça.Discurso nesta quarta, 11,...

Dieese apura alimentos mais baratos

Notícia boa. Pesquisa mensal do Dieese aponta que valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 15 das 17 Capitais. De abril para maio,...