O senador Rogério Marinho (PL-RN) faz dura oposição à decisão do Supremo Tribunal Federal que, em setembro, constitucionalizou a contribuição assistencial pra todos os trabalhadores, sindicalizados ou não.
Ex-ministro de Bolsonaro, ele garante que a oposição ao governo obstruirá os trabalhos da Comissão de Assuntos Sociais enquanto o PL 2.099/23, que visa estimular o direito de oposição à assistencial, não for votado. Segundo alega, “é preciso proteger o trabalhador da exploração sindica!”.
Paim – O Projeto aguarda parecer de Paulo Paim (PT-RS), que é seu relator. Sindicalista de origem, o gaúcho busca estabelecer acordos e firmar consensos por um relatório favorável à contribuição, que atenda os Sindicatos laborais e também os patronais.
Compromisso – Neuriberg Dias, jornalista e diretor de Documentação do Diap, falou à Agência Sindical. Ele comenta: “A atitude do senador Marinho é explicável, pois ele foi pai da reforma trabalhista e tem compromissos com o empresariado em manter tudo o que conseguiu aprovar quando deputado federal”.
Segundo o integrante do Diap, “Rogério Marinho quer pautar Senado e Câmara, preparando terreno contra o custeio sindical”. Neuribeg Dias orienta: “Importante a direção sindical reforçar a comunicação, pra valorizar as entidades, destacar as negociações coletivas e divulgar os ganhos às categorias por meio das organizações sindicais”.
Rumos – Caso aprovado o relatório de Paim na CAS, o texto seguirá ao Plenário. Neuriberg frisa: “A estratégia do movimento não deve ser de ataque, mas de diálogo e fortalecimento das entidades junto ao Parlamento.” Ele entende, “que ainda há espaço pro movimento sindical atuar afinado com o Parlamento, fazendo avançar nossas propostas”.
Centrais – Prevista pra segunda-feira, 4, encontro das direções sindicais, em Brasília, como o relator da matéria, senador Paim.