Caso o salário mínimo em 2023 passe para R$ 1.294,00, conforme aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os brasileiros que receberem até 1,5 Piso Nacional, ou R$ 1.941,00, terão que pagar Imposto de Renda, descontado direto na folha de pagamento, se a tabela não for corrigida. É o que aponta estudo do Sindifisco Nacional – Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal.
Segundo a entidade, a falta de correção da tabela gera aumento de tributação sobre a população com menor poder aquisitivo. Hoje, um trabalhador que recebe R$ 5.000,00 por mês, após deduções, paga R$ 505,64. Caso a defasagem da tabela fosse corrigida, esse valor cairia pra R$ 24,73.
O Sindifisco explica que apenas as pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ficariam obrigadas a pagar o Imposto de Renda. Hoje, a isenção é dada àqueles que ganham até R$ 1.903,98. A tabela de cobrança é a mesma há sete anos, quando o salário mínimo era de R$ 788,00.
Dessa forma, quem ganha menos, acaba pagando mais. O presidente do Sindifisco Nacional, Isac Moreno Falcão, afirma: “Não corrigir a tabela é uma forma de aumentar o imposto para essa numerosa parcela da população que, além de arcar com o Imposto de Renda, precisa também lidar com os tributos indiretos, que incidem sobre o consumo”.
Propostas – Até o momento, nenhum pré-candidato à Presidência da República se manifestou sobre a alteração da tabela do Imposto de Renda. Para o presidente do Sindifisco Nacional, o tema deve figurar entre os projetos de governo.
“Fica claro, ao analisarmos a diferença entre as tabelas, que estamos onerando muito os contribuintes de menor poder aquisitivo. É imprescindível que a questão da correção da tabela do IR esteja na agenda de todos os candidatos à Presidência”, destaca Isac Falcão.
MAIS – Site do Sindifisco Nacional.