Os jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estão de braços cruzados, desde a meia-noite de sexta (26). A greve se dá pela intransigência da empresa em negociar o Acordo Coletivo de Trabalho desde 2020.

A EBC se recusa a negociar com os Sindicatos que representam os empregados (Jornalistas e Radialistas), anunciou o fim do acordo e mantém apenas direitos previstos na CLT e nas normas internas da empresa.

Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP, Thiago Tanji, a paralisação não é apenas justa, mas também necessária. “Essa última medida da empresa em suspender as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho mostra não só uma atitude de intransigência como violência explícita aos trabalhadores. Então, a resposta tem que ser coletiva e se dá por meio de uma greve por tempo indeterminado”, explica o dirigente.

Segundo Thiago, os Jornalistas estão engajados ao lado da Federação Nacional da categoria e também dos Radialistas. “Vamos cruzar os braços e dar esse apoio até que se consiga colocar pressão, reconquistar a ACT e avançar naquilo que é minimamente justo, que é a recomposição dos salários”, afirma.

Retirada – O diretor da Fenaj e funcionário da EBC, Márcio Garoni, reclama da retirada de direitos na empresa. “A gente decidiu iniciar a greve para que a empresa possa negociar e a gente possa ter o mínimo, que é o reajuste correspondente às perdas salariais. Ela alega que não pode aumentar gastos na pandemia, mas comprou novela da Record, gastou com a contratação de funcionários comissionados, economizou com o teletrabalho”, ressalta Márcio.

Base – A Empresa Brasil de Comunicação é pública e possui um conglomerado de mídia no País. Os trabalhadores são representados pelos Sindicatos dos Jornalistas de SP, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e também pelos Radilistas de SP, RJ e Distrito Federal.