Em defesa do emprego e da continuidade da Proguaru, empresa de economia mista que cuida da zeladoria em Guarulhos (SP), mais de mil trabalhadores tomam a rua em frente ao Paço Municipal. Em assembleia, os companheiros decidem entrar em greve.
Pedro Zanotti Filho, presidente do Sindicato dos Servidores (Stap-Guarulhos), afirma: “Quem escolhe é o povo. Nós defendemos a categoria até o fim e não vamos deixar o trabalhador na mão. Acorda, Guti!”.
Como já divulgado pela Agência Sindical, o prefeito local, Guti (PSD), enviou à Câmara Municipal um Projeto de Lei em dezembro de 2020 que impõe a extinção da Proguaru. Segundo o governante, a empresa está falida e gera muito gasto para a cidade.
Casa própria – Maria Eugênia Xavier é funcionária da Proguaru há 18 anos. Presente na manifestação, ela afirma: “Graças à Proguaru tenho a minha casa própria”.
Ela trabalha como agente de portaria na EPG Cerqueira César, Ponte Grande, mesmo bairro em que mora.
Maria Neusa é daquelas trabalhadoras que deixam a cidade limpa. Executa o serviço de varrição pela região Central desde 2000. Eleitora de Guti, ela pede sabedoria e inteligência do prefeito: “Serão 4,7 mil trabalhadores desempregados. Não faça isso. Não cometa essa injustiça”.
Apoio – Categorias ligadas à Força Sindical, como os Metalúrgicos e os Químicos, participam do ato. O sindicalismo da cidade é contra o massacre na Proguaru. A Regional da Força na cidade tenta desde julho um diálogo com o governante, sem sucesso.
Enquanto Guti se mostra intransigente e se recusa a se reunir com o movimento sindical, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Josinaldo José de Barros (Cabeça), reforça: “Se for preciso, faremos acampamento na Prefeitura.
O prefeito não pode se recusar a dialogar”.
MAIS – Acompanhe o ato em tempo real pela página do Stap-Guarulhos.