A União Geral dos Trabalhadores (UGT) ingressou com mandado de segurança sexta (22), impetrado pela Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e Informática (Feninfra), contra decisão da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), que põe em risco 400 mil empregos.
O objetivo dessa medida “amicus curiae” é para preservar esses postos de trabalho no setor de telemarketing. Isso porque os 400 mil trabalhadores correm risco de desemprego em massa após a Senacon suspender 180 empresas do setor.
De acordo com Ricardo Patah, presidente da UGT, a entidade luta contra o aumento da taxa de desemprego no País.
Ele diz: “A medida traz enorme preocupação com a conjuntura do desemprego, que assola mais de 11 milhões de brasileiros, 26 milhões de subutilizados, aumento da informalidade, queda de renda e os 125,2 milhões que sofrem de insegurança alimentar”.
Para o dirigente, não é proibindo o telemarketing ativo que se resolverá o problema. “Necessitamos de um maior debate, que envolva o Poder Público, as empresas, a sociedade e, logicamente, os trabalhadores.
Esperamos que a Justiça tenha olhar social e conceda liminar, evitando que mais de 400 mil pessoas percam seus empregos”, afirma Patah.
Protestos – Segundo Marco Aurélio Coelho de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing de São Paulo (Sintratel-SP), essa é uma medida eleitoreira do governo, que acredita ter sido acertada, mas não se conta do tiro no pé que é o desemprego. “Queremos trazer a sociedade pra essa discussão. Os próximos passos serão atos, pra mostrar o risco de desemprego em massa”, explica o dirigente.
Nota – No dia 20, a UGT e Sindicatos do setor filiados à Central publicaram Nota de página inteira na Folha de S. Paulo pra alertar à população. O Sintratel-SP e o sindicato patronal também emitiram Nota conjunta, amplamente divulgada pelas entidades, que traz o debate.
MAIS – Acesse os sites da UGT e do Sintratel-SP.